MP apura contratação de professores com diploma falso em SP

Caso foi revelado pelo 'Estado', que levantou 19 contratos irregulares

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

O Ministério Público do Estado de São Paulo vai apurar irregularidade na contratação e atuação de professores com diplomas falsos na rede pública de ensino estadual e municipal. Os casos foram denunciados nesta quarta-feira, 7, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

 

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A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social distribuiu, hoje, uma peça de informação para instauração de procedimento. O procedimento foi distribuído ao promotor de Justiça Roberto Antonio de Almeida Costa, que ainda não apreciou o material.

 

O Estado levantou 19 casos de professores que apresentaram títulos fraudados à Prefeitura de São Paulo e acabaram expulsos. A maioria permaneceu por poucos meses na rede, mas há quem tenha dado aulas com documentos falsos no município por até três anos - outros continuam nas redes estadual e de prefeituras vizinhas.

 

Professores admitiram à reportagem que compraram os títulos e apresentaram à Secretaria de Educação do município. "Um homem se aproximou e falou que trabalhava na faculdade e se eu arrumasse um valor, ele me traria o diploma lá de dentro. Então paguei R$ 2,7 mil. Ele me trouxe um diploma, com assinatura, carimbo e tudo", contou a professora A.G., de 54 anos. Ela acabou expulsa da capital, mas apresentou o mesmo título ao Governo do Estado, em cuja rede leciona.

 

Dos casos ocorridos na Prefeitura da capital levantados pela reportagem, dez são de professores concursados e nove, de temporários. Todos foram descobertos pela própria secretaria municipal.

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