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Ministro afirma que Fies está garantido no segundo semestre

Cursos de formação de professores e das áreas de saúde e engenharia deverão ser priorizados, segundo Renato Janine Ribeiro

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Por Redação
Atualização:

Atualizada às 23h41

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SÃO PAULO - O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, anunciou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 8, que o Financiamento Estudantil (Fies) está garantido para o segundo semestre deste ano. Por causa dos altos custos do programa federal, a reabertura dos contratos ainda era uma dúvida.

Nas redes sociais, o ministro reafirmou que novas inscrições serão possíveis, porém dentro das prioridades estabelecidas. “O Brasil precisa melhorar o ensino básico. Por isso, o Fies priorizará a formação de professores. O Brasil precisa de mais profissionais de saúde, então priorizaremos cursos da área de Saúde. Priorizaremos, também, cursos de Engenharia”, disse. 

Janine Ribeiro informou que cursos com notas 4 e 5 terão prioridade sobre os cursos de nota 3 Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Janine Ribeiro garante, no entanto, que os outros cursos não serão excluídos do programa.

A “qualidade” também será enfatizada, explicou. Cursos com notas 4 e 5 terão prioridade sobre os cursos de nota 3 e as regiões Norte e Nordeste do País serão privilegiadas. Durante o Roda Viva, o ministro salientou que ainda não foram definidas quantas vagas serão abertas. “Em breve, anunciaremos datas e todos os detalhes, de forma transparente, o que é nosso dever e prazer”, disse ele em uma rede social.

Histórico. O Fies é um programa do governo federal que empresta dinheiro para alunos de faculdades particulares. Criado em 1999 durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o financiamento beneficia hoje 1,9 milhão de pessoas. Enquanto o aluno está matriculado na faculdade, o governo se compromete a pagar entre 50% e 100% da mensalidade, de acordo com a renda familiar.

Em 2010, as regras foram alteradas para facilitar o acesso ao financiamento. A taxa de juros caiu e o pedido de inscrição passou a ser permitido em qualquer momento do ano, o que gerou uma explosão de contratos.

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Em dezembro de 2014, o ajuste fiscal atingiu o Fies. O MEC passou a exigir desempenho mínimo de 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para que o aluno fosse aprovado. Uma portaria diminuiu os pagamentos que seriam feitos às universidades e o governo limitou novas inscrições para economizar gastos, conforme revelou o Estado em março. Cursos com boa avaliação e em regiões menos atendidas passaram a ter prioridade.

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