Mercado ligado à Previdência deve seguir aquecido por 10 anos

Para Jane Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, demanda por especialização na área deve crescer com a reforma

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Por Ana Carolina Neira
Atualização:
Desafio. Para Jane, profissional terá de entender a reforma com rapidez Foto: MANOELA TOMASI/DIVULGAÇÃO

As consequências da reforma da Previdência para advogados da área ainda dependem de como a medida será aprovada no Congresso Nacional, segundo Jane Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP). Mas, para a especialista, esse campo de atuação “é um mercado que deve permanecer aquecido nos próximos dez anos”.

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A demanda por especialização em Direito Previdenciário deve crescer com a reforma da Previdência?

Sem dúvida haverá crescimento da demanda, já que observamos o mesmo fenômeno quando as reformas anteriores ocorreram. A reforma já está causando dúvidas na população, que recorre aos profissionais para saná-las. Os advogados terão demanda não apenas de casos que necessitam de ação na Justiça, mas também de consultoria e suporte. É um mercado que deve permanecer aquecido nos próximos dez anos.

A ascensão das especializações na área dependem de como a reforma da Previdência será aprovada?

Com certeza. Essa ascensão vai ocorrer, mas a versão final da proposta e sua aprovação determinarão a velocidade do crescimento desse mercado e quais áreas demandarão mais, seja previdência privada ou auxílio-doença, por exemplo. Mas a reforma promete ser grande e afetar milhões de pessoas, de todas as idades, então não faltará trabalho para profissionais. 

Quais são os principais desafios que os especialistas na área previdenciária deverão enfrentar no mercado de trabalho nos próximos anos?

O principal deles é entender o contexto dessa reforma e seu conteúdo quando aprovada. Tudo indica que ela trará muitas mudanças, com margem para muitas interpretações. A compreensão adequada de tudo isso e reflexão sobre os temas definirão o sucesso do profissional da área diante de tantas novidades e de um mercado acelerado. No entanto, fazer isso não é tão simples, já que os cursos de graduação não costumam dar ênfase à área previdenciária e o aluno inicia a especialização sem muito conhecimento do assunto.

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