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Melhora em educação faz Campinas e Santos aumentarem IDHM

Avanço na área puxou alta de índice nas regiões metropolitanas entre 2000 e 2010, dizem PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiros

Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - A melhora em indicadores de educação fez com que as regiões metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista aumentassem seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). A evolução foi verificada entre 2000 e 2010.

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A região de Campinas é a segunda colocada no ranking das metrópoles do país. Atrás apenas de São Paulo. Já a Baixada Santista ficou em sexto entre as 20 regiões analisadas pelo estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiros. Os dados que complementam o Atlas do Desenvolvimento Humano foram apresentados nesta quarta-feira, 1º.

O relatório apontou que a melhora no índice geral das duas regiões foi puxada por um avanço mais significativo na área de educação do que em renda ou longevidade. O índice geral, que varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo), passou em Campinas de 0,710 para 0,792 e, em Santos, de 0,7 para 0,777. 

O IDHM Educação passou em Campinas de 0,582, em 2000, para 0,726, em 2010 Foto: Prefeitura de Campinas/Divulgação

Já o IDHM Educação passou em Campinas de 0,582 para 0,726 e, em Santos, de 0,579 para 0,720. O índice de educação é formado por cinco indicadores: porcentual da população com mais de 18 anos com ensino fundamental, porcentual de crianças de 5 a 6 anos matriculados na escola, porcentual de jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino fundamental, porcentual de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo e porcentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo.

De acordo com o relatório, as duas regiões tiveram uma melhora mais significativa no indicador sobre o número de crianças de 5 a 6 anos na escola. Em Campinas, o porcentual passou de 71,98% para 95,64% do total da população crianças nessa faixa etária. Já em Santos passou de 77,35% para 93,73%.

“As regiões metropolitanas do Estado de São Paulo já saem de um patamar muito alto em relação ao restante do país. Por isso, para melhorar o índice é mais difícil”, disse Floriano Pesaro, secretário de Estado do Desenvolvimento Humano. Ele disse que, com os dados, o Estado conseguirá adotar políticas sociais mais assertivas às demandas de cada uma das regiões. “São essas as regiões com as quais temos a determinação do governador para ampliar os recursos sociais”.

Embora as duas regiões tenham pontuações suficientes para serem classificadas como de "alto desenvolvimento humano" (maior ou igual a 0,7 até o limite de 0,8), o relatório aponta para um alto grau de desigualdade. O IDHM é preparado a partir de dados do Censo de 2010. São avaliados dados de saúde, renda e escolaridade. A partir dos indicadores, é possível formar uma classificação geral e de acordo com desempenho em cada uma das áreas.

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“Essas regiões seguem uma tendência típica das outras regiões, com uma melhora inegável. No entanto, ainda temos abismos sociais extremos nessas regiões metropolitanas”, disse Andrea Bolzon, coordenadora nacional do PNUD. 

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