SÃO PAULO - Manifestantes que invadiram a Escola Estadual João Kopke, em Campos Elíseos, na região central da capital, foram retirados pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira, 16. A retirada ocorreu logo após o grupo tomar a unidade.
Estudantes estão realizando protestos em várias partes do País contra a reforma do ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
Segundo a PM, não houve confronto e alguns manifestantes foram conduzidos ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro). Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que "a desocupação da escola foi pacífica e as aulas seguem normais nesta quinta-feira". A pasta destacou que as reivindicações são contra medidas do governo federal.
Parecer. No Estado de São Paulo, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tem atuado para conter protestos de alunos e evitar que as escolas estaduais sejam invadidas.
A Polícia Militar tem agido rapidamente quando os manifestantes tomam as unidades, pois a gestão estadual tem usado um parecer, da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que garante a autotutela dos prédios. Dessa forma, não é necessário o mandado de reintegração.
No dia 13 de outubro, 11 pessoas, das quais seis eram menores, foram detidas após invadir a Diretoria de Ensino Centro Oeste, na capital. Eles arrombaram um portão e tentavam entrar nas salas quando a polícia chegou e os impediu. No mesmo dia, 20 estudantes foram apreendidos por invadir a Escola Estadual Newton Pimenta Neves, em Campinas.
Ainda na mesma semana, a polícia desocupou duas escolas em Sorocaba e deteve 50 pessoas.
Na época, a PGE disse que o Estado age de acordo com o parecer, que garante a autotutela, e a SSP informou que as ações foram pacíficas. A Secretaria da Educação argumentou ter tentado, sem sucesso, dialogar com os manifestantes. E disse que “não pactua com o impedimento de quaisquer aulas”.