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Kotler quer Brasil como mediador internacional e defende o 'papa Clooney'

Guru diz que Vaticano precisa de um papa jovem, que dê uma injeção de ânimo em cardeais e bispos

Por Sergio Pompeu
Atualização:

Philip Kotler estava bem-humorado na rápida entrevista que concedeu ao Estadão.edu. Lembrou até de um texto assinado pelo repórter no começo dos anos 90, sobre uma hipotética consultoria prestada por ele ao Vaticano.  Estado: Como sr. vê o momento atual do Brasil?Philip Kotler: Vi o quanto vocês sofreram com a hiperinflação. As pessoas diziam: ‘O Brasil é o país do futuro.’ Eu dizia: ‘E sempre será!’ Mas agora você estão na sua melhor fase. Suas exportações são fortes?

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Estado: A base são commodities.Kotler: Tecnicamente vocês deveriam ser a Nestlé. Porque a Nestlé está pegando sua matéria-prima e ganhando em cima dez vezes o que paga a vocês.

Estado: O sr. tem um livro sobre o marketing das nações. Se pudesse dar um conselho à presidente Dilma Rousseff, qual seria?Kotler: A questão é onde vocês querem colocar sua energia internacionalmente. Sugiro que ela deveria ser investida em liderar os países sul-americanos. Talvez vocês possam também desempenhar um papel na mediação internacional. Ninguém vai achar que vocês deixaram de ser neutros porque tentaram ajudar na solução de problemas. Vocês estão sempre esperando que gente como os noruegueses se apresentem e façam a mediação de conflitos.

Estado: Quando esteve aqui no começo dos anos 90, o sr. mencionou algo relacionado ao Vaticano, que o tinha procurado para uma consultoria. Aquilo evoluiu? Kotler: Ah, foi você quem escreveu aquilo. Você se enganou (risos)! O que eu disse é que o Vaticano tinha contratado a consultoria da McKinsey. De qualquer forma, eles estão com problemas. O Vaticano está perdendo fatia de mercado! São pessoas velhas, que basicamente não sabem o que está acontecendo. Os bispos e cardeais precisam de uma injeção de ânimo. Acho que eles precisam de um papa jovem. De um George Clooney.

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