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Justiça obriga desbloqueio de entrada de prédio na USP

Servidores, que travam portaria há uma semana, reclamam de assédio moral; reitoria diz que já criou fórum para resolver o conflito

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A Universidade de São Paulo conseguiu na Justiça nesta terça-feira, 14, uma liminar que obriga funcionários a desbloquearem o prédio da prefeitura do câmpus Butantã, na zona oeste da capital. Em protesto, servidores têm impedido a entrada no edifício desde a última quarta-feira, 8.

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A magistrada Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública da capital, autorizou o uso de força policial, se necessário. A multa diária em caso de descumprimento da medida é de R$ 1 mil diários.

Na semana passada, a mesma juíza já havia concedido a reintegração de posse. "O movimento reivindicatório não pode impedir o funcionamento dos estabelecimentos de ensino. Não se vale para tolher o direito de ir e vir dos servidores, docentes e alunos", anotou Celina, na primeira liminar.

Queixas. Funcionários da prefeitura do câmpus reclamam de assédio moral, perseguição no ambiente de trabalho e falta de diálogo com a administração do órgão. Por isso, boa parte da equipe cruzou os braços desde a semana passada.

Na sexta-feira, 10, foi criada uma comissão permanente de relações de trabalho na universidade. A reitoria afirma que esse fórum tem o papel de resolver conflitos dessa natureza. A comissão deu 15 dias para que as supostas vítimas apresentem "fatos concretos", que confirmem o assédio moral.

A administração ainda disse, em nota, que está empenhada em "garantir o ambiente de debate plural, respeitoso e construtivo". Nesta terça-feira, 14, a reunião do Conselho Universitário foi interrompida após quase cem alunos e funcionários entrarem à força no prédio onde acontecia o encontro.

 

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