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José Álvaro Moisés discorda de Antonio Candido em relação à greve

Em carta enviada ao Estado, professor da FFLCH se manifesta sobre paralisação na USP e manifestantes

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Por Redação
Atualização:

Em carta enviada ao Estado, o professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, José Álvaro Moisés, discorda da posição manifestada anteontem pelo crítico literário e professor emérito da universidade, Antonio Candido, em relação à greve na universidade. Confira a íntegra da carta: Greve na USP Apesar de respeitá-lo, não posso concordar com a afirmação do professor Antonio Candido de que a presença da polícia no câmpus da USP "é a violação do direito sagrado de uma pessoa opinar". Essa violação começou quando minorias radicais de manifestantes usaram a força para impedir professores, funcionários e alunos de desenvolverem suas atividades acadêmicas. A aula que Antonio Candido e Marilena Chauí deram não foi impedida por ninguém, mas colegas meus têm sido impedidos de ensinar. A polícia precisa sempre ser monitorada por governos democráticos para não cometer abusos, mas na democracia é inegável que, quando se usa a violência contra direitos de terceiros, ela é o meio legítimo para se restabelecer o primado da lei. A USP precisa de reformas, mas isso precisa ser feito com respeito à lei. JOSÉ ÁLVARO MOISÉS, professor do Departamento de Ciência Política da FFLCH jamoises@gmail.com

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