Haddad minimiza sobra de vagas em universidades

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Por Felipe Werneck
Atualização:

O ministro da Educação, Fernando Haddad, minimizou hoje a sobra de quase metade (45%) das vagas oferecidas em universidades federais após duas rodadas de matrículas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). "Isso é da natureza do processo. Tem universidade que está na quinta lista de espera. Vamos dar tempo ao tempo", declarou Haddad.Ele citou apenas a Universidade Federal do Mato Grosso, que no ano passado, disse, soltou 16 listas de espera. "Se você não puder testar hipóteses para promover a transformação da realidade, e entrar sempre num clima histérico, acaba não ajudando", afirmou o ministro. Segundo ele, será feito um cruzamento com dados do Programa Universidade Para Todos (ProUni).O ministério alega que estudantes teriam feito a inscrição no sistema online mesmo sem a intenção de se matricular nos cursos. "Provavelmente houve um comportamento que precisa ser melhor explicado por parte de alguns estudantes, que se inscreveram pelo prazer de ser aprovados", disse o ministro. Para ele, com "calma" tudo vai "terminar bem".Antes dessas declarações, durante a entrevista coletiva de lançamento da Olimpíada de Língua Portuguesa, que era transmitida pela internet, um assessor do ministro retirou o microfone do repórter que perguntava sobre as inscrições no Sisu. Haddad disse que responderia em seguida, depois da transmissão.EnemO ministro voltou a defender a revisão do modelo de execução das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e disse que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) terminou as conversas com órgãos de controle para discutir a eventual dispensa de licitação. "Na segunda-feira eu vou saber.O Neto (Joaquim José Soares Neto, presidente do Inep) me assegurou que as conversas foram muito boas. O Inep fez uma apresentação da complexidade da aplicação da prova e dos riscos inerentes a um processo licitatório tradicional", disse Haddad."Parece que sensibilizou os ministros com quem ele conversou, também na Controladoria-Geral da União (CGU). Me parece que há uma compreensão básica de que o modelo precisa ser revisto em função do afastamento de riscos."

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