Grupo protesta contra o fechamento de escolas na zona sul de SP

Ato na frente do Palácio dos Bandeirantes tem representantes do sindicato dos professores, do MST e de movimentos por moradia

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Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:
Grupo protestano Palácio dos Bandeirantes contra o fechamento de 94 escolas estaduais Foto: DANIEL TEIXEIRA/ ESTADÃO

SÃO PAULO - O principal sindicato dos professores do Estado de São Paulo, a Apeoesp, o Movimento dos Sem Terra (MST), diversos grupos de sem-teto e outras entidades fazem um protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul de São Paulo, nesta terça-feira, 10, contra o fechamento de 94 escolas na capital e no interior. O ato também tem uma faixa contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). A manifestação, que teve início por volta das 12h, é pacífica. 

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A Polícia Militar acompanha o ato e faz cerco à sede do governo estadual. A corporação não divulgou a estimativa do número de manifestantes, mas a Apeoesp fala em 5 mil pessoas. O entorno do estádio do Morumbi tem congestionamento. 

Em setembro, a Secretaria Estadual de Educação anunciou a chamada reorganização da rede de ensino, que prevê que, em 2016, parte das escolas deixe de ter três ciclos (ensino fundamental nos anos iniciais, finais e ensino médio) para ter apenas um por unidade. No processo, 94 serão fechadas pelo acúmulo de classes ociosas (sem demanda de alunos). A secretaria garante que todas as unidades serão transformadas em outros equipamentos educacionais.

Foram montadas barracas pelos manifestantes na frente do Palácio, onde parte dos movimentos de moradia assina as listas de presença do ato. Além disso, um grande boneco inflável do secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, foi levantado em uma das entradas do local. Um caminhão de som dá voz a estudantes das unidades a serem fechadas, sindicalistas e representantes de movimentos sociais.

Os sem-teto da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, que participam do protesto, prometem ficar acampados na frente do Palácio até que o governo estadual cumpra uma promessa que teria sido feita em 2013 de entrega de 10 mil moradias em todo o Estado.  

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