A greve no câmpus de Franca da Universidade Estadual Paulista (Unesp), iniciada no final do mês passado, conta com a participação de funcionários, professores e alunos. Na unidade, nada está funcionando. Isso porque, segundo os grevistas, a "grande maioria" dos 148 empregados e 120 docentes aderiu ao movimento que interrompeu as aulas e fechou as repartições da universidade, até mesmo a biblioteca e o refeitório.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Unesp (ASU) de Franca, Carlos Augusto de Carvalho, o que a categoria reivindica é a isonomia de salários e benefícios como a USP e a Unicamp. Com a greve, apenas os procedimentos administrativos emergenciais estão sendo realizados na unidade.
Na tarde desta quinta-feira (13), está agendada uma assembleia para discutir os rumos do movimento.
Estudantes
Já os alunos do campus de Franca elaboraram uma outra lista de reivindicações que foi apresentada ao diretor da unidade. Eles alegam que não obtiveram um retorno favorável da instituição e, por isso, também definiram pela paralisação. Entre as reivindicações constam maior segurança ao redor do câmpus -onde uma estudante recentemente foi violentada -, a ampliação do restaurante, a criação da moradia estudantil e a reforma da biblioteca.
A participação no movimento, porém, divide opiniões entre os estudantes. Um abaixo-assinado que circula na internet já conta com mais de 130 assinaturas contrárias à paralisação. Em Franca são ministrados os cursos de Direito, História, Serviço Social e Relações Internacionais.
Sem adesão
Na Unesp de Jaboticabal (SP), também na região de Ribeirão Preto, a adesão ao movimento é menor. Os professores não cruzaram os braços, apenas parte dos funcionários, o que garantiu a continuidade das aulas.