Governo federal estuda criação de 'universidade olímpica'

Instituição deve ficar no Rio e desenvolver campos da ciência fundamentais para a alta performance

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Por Agência Brasil
Atualização:

Os Ministérios do Esporte e da Educação estão trabalhando juntos para a criação de uma universidade olímpica no País. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira, 7, durante o lançamento do Programa Atleta na Escola, que as duas pastas, inclusive, estão preparando um memorando técnico sobre o assunto.

 

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“Nós estamos assinando um memorando técnico do Ministério do Esporte com o Ministério da Educação para a gente criar uma universidade olímpica no Brasil. Para, nessa universidade, a gente desenvolver a medicina esportiva, nutrição esportiva, fisioterapia esportiva, tecnologia assistiva para Paraolimpíada, psicologia esportiva, enfim, todos os vários campos da ciência que hoje são imprescindíveis para a gente ter performance”, disse.

 

De acordo com Mercadante, a ideia é aproveitar a estrutura deixada pela Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. “A nossa expectativa é construir essa universidade lá no Rio de Janeiro, onde todos os equipamentos olímpicos estão sendo construídos, para que a gente tenha uma política de longo prazo em relação à preparação da alta performance na Olimpíada.”

 

Atleta na Escola

 

O Programa Atleta na Escola tem o objetivo de descobrir talentos e transformá-los em atletas olímpicos. A iniciativa promoverá, a partir de 9 de junho, uma série de competições esportivas em várias escolas de ensino básico do País. As disputas irão evoluir para etapas municipais, estaduais e, por fim, uma competição nacional.

 

“A base permanente, onde cada sociedade busca atletas para alto rendimento, é na escola. Acho que essa experiência permite uma aproximação maior entre Ministérios do Esporte e da Educação, que eu creio que deva ser o destino do esporte educacional no Brasil”, disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. As duas pastas vão contar ainda com a cooperação do Ministério da Defesa que, em um primeiro momento, deverá abrir as portas de unidades militares para as competições.

 

Este ano, o foco será nas competições de atletismo. Estudantes poderão disputar corrida de velocidade, corrida de resistência e salto. No ano seguinte, estão previstas as modalidades de judô, vôlei e esportes paraolímpicos. Até o momento existem cerca de 2.533 municípios inscritos. O orçamento, no entanto, só será fixado após a definição de quantos municípios integrarão o projeto.

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a importância de implantar uma cultura esportiva entre os jovens do País. “Com isso, estamos construindo a perspectiva de deixarmos um legado da Olimpíada e da Copa, que é esse espírito olímpico na sala de aula, nas nossas escolas. Eu acho que talvez seja muito mais importante que todas as obras que a gente possa fazer até lá é ter uma política permanente, dar um salto na atividade esportiva nas escolas do Brasil, começando pelo atletismo”, ressaltou.

 

Ao final do ciclo de competições, que, em 2013, termina em novembro, serão selecionados jovens para treinamento visando ao alto rendimento. Ainda não há, no entanto, uma definição de como isso sera feito, ainda que o Ministério da Defesa já tenha colocado à disposição instalações para formação desses atletas. “O alto rendimento fica na fase final desse processo. Aí nós teremos de encontrar um modelo definitivo do destino desses meninos que se mostrem vocacionados para o alto rendimento, da estrutura disponível hoje na Confederação Brasileira de Atletismo e do aproveitamento das estruturas das universidades e das Forças Armadas, para que a gente tenha uma decisão final”, explicou Rebelo.

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