Governador de São Paulo diz que invasão de escola virou 'glamour'

Estudantes reclamam, entre outras coisas, da falta de merenda nas escolas - vários prédios escolares ainda estão ocupados

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) criticou a “glamourização” das invasões de escolas por estudantes no Estado de São Paulo. “Alguns ficam glamourizando esse tipo de coisa. É errado, é ilegal”, afirmou durante inauguração de uma obra viária em São Roque, região de Sorocaba, nesta sexta-feira, 6. Horas antes, a Tropa de Choque Polícia Militar havia feito a desocupação do prédio onde funciona o Centro Paula Souza, que administra as escolas técnicas do Estado, na Santa Ifigênia, em São Paulo.

Os estudantes reclamam, entre outras coisas, da falta de merenda nas escolas - vários prédios escolares ainda estão ocupados. De acordo com o governador, não se pode glamourizar o que é criminoso. “Teve caso de estudante preso por estar furtando computador e fazendo vandalismo. Não é possível glamourizar isso.” Durante a madrugada, a PM apreendeu equipamentos de informática com cinco garotos que saíram do Centro Paula Souza e eles foram detidos.

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Alckmin voltou a dizer que o movimento é “nitidamente” político. “Poucos estudantes prejudicam 300 mil alunos das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais). Temos 219 escolas técnicas e poucas não têm merenda. O que estranho é não ter invasão de escola federal, onde os estudantes pagam pela merenda.” Segundo ele, as depredações serão apuradas e os autores responsabilizados.

Sobre a invasão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) por um grupo que reivindica a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes na merenda, o governador disse que as denúncias estão sendo apuradas. O Ministério Público de São Paulo investiga um esquema de superfaturamento de alimentos fornecidos à merenda escolar e pagamento de propina a agentes públicos. “Eu defendo a apuração com rigor e se comprovar desvio, tem que ser punido”, disse Alckmin.

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