Gestão Doria já admite não zerar fila das creches no primeiro ano

Futuro secretário da Educação, Alexandre Schneider, diz que administração fará o que 'o orçamento permitir'; prioridade será ampliar matrículas por convênios

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Por Adriana Ferraz e
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SÃO PAULO - Apresentado na manhã desta quinta-feira, 24, como o secretário de Educação da gestão João Doria (PSDB),o ex-titular da pasta na gestão Gilberto Kassab (PSD), Alexandre Schneider, já admitiu que a promessa de campanha doprefeito eleito em zerar a fila de creches pode não ser cumprida.

Alexandre Schneider será o secretário da Educação da gestão de João Doria Foto: Felipe Rau/Estadão

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"Vamos gerar o maior número possível de vagas, naquilo que o orçamento garantir", disse. "Vou trabalhar para zerar a fila. Se puder zerar em um ano, será em um ano, se será em dois, será em dois." 

Schneider afirmou que "a prioridade será ampliar o número de matrículas por meio de convênios". "As crianças não podem esperar a gente construir as unidades."

Ele reformou a promessa de Doria de criar agências reguladoras para fiscalizar a atuação de organizações sociais na gestão de equipamentos públicos, como as entidades que mantêm as creches.

   

Doria completou nesta quinta-feira o anúncio dos 22 secretários que vão compor seu governo.A lista não inclui o controlador-geral do município,que com Doria perderá o status de secretário. O novo escolhido terá de se reportar ao secretário de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini."A Controladoria irá continuar, valorizada", disse o prefeito eleito. 

A pastora e vereadora Patrícia Bezerra (PSDB) assumirá a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania Foto: Felipe Rau/Estadão

Outro nome anunciado por Doria foi o da pastora Patrícia Bezerra,vereadora pelo PSDB, para a pasta de Direitos Humanos e Cidadania, quetem entre suas funções a gestão de programas como o Transcidadania, voltado para a população transexual. A pastora prometeu que o programa será ampliado.

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Durante a apresentação dos secretários, Doria se recusou a responder a quatro perguntas feitas por jornalistas. Uma delas foi sobre loteamento de cargos no governo, uma vez que ele puxou cinco vereadores eleitos para seu secretariado. A outra era sobre as relações de conselhos gestores das secretarias, que ele pretende criar, com os conselhos já existente na cidade. O prefeito eleito justificou a recusa afirmando que as perguntas, na manhã desta quinta-feira, deveriam ser feitas só para o secretariado.