Atualizado às 8h45
SÃO PAULO - Desde às 5h30 desta quinta-feira, 7, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP), que estão em greve, interditam a entrada do portão 1 da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. Cerca de 300 pessoas estão concentradas na esquina das Ruas Alvarenga e Afrânio Peixoto, com carro de som, bandeiras e bateria. Alguns alunos e funcionários têm até pulado o portão. Há manifestantes avaliando se o grupo vai ao Palácio dos Bandeirantes, na zona sul. Por volta das 8h, os manifestantes fecharam outras duas entradas.
A reivindicação do grupo é pela abertura das negociações com a reitoria, que, em conjunto com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - as outras duas estaduais de São Paulo -,decidiram pelo congelamento dos salários dos funcionários e professores. A paralisação já dura mais de 70 dias.
A USP vive uma crise financeira. Desde o ano passado tem comprometido mais de 100% dos repasses que recebe do governo estadual com a folha de pagamento. A situação motivou a decisão da reitoria em não conceder reajuste.
O trânsito na região do câmpus é complicado. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 8h, havia 1,5 quilômetro de congestionamento na Avenida Escola Politécnica.
Está marcado para as 15h desta quinta-feira assembleia dos docentes no prédio de História. Às 18h, ocorre assembleia geral dos estudantes.
Carros da Polícia Militar acompanham a manifestação de dentro do câmpus.