'Fazer resumos me ajudou', conta aprovada em Direito na USP

Paula Degenszajn Stolar estudava cerca de quatro horas e meia todo dia

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Por Paula Degenszajn Stolar
Atualização:
No vestibular. A cada duas semanas, a estudante repassava o aprendido Foto: Amanda Perobelli/Estadão

“Sempre fui muito disciplinada. Desde o 6.º do ensino fundamental, faço resumos. Para mim é o melhor método, até para disciplinas de Exatas. Para conseguir uma vaga em Direito na USP (Universidade de São Paulo), que registrou concorrência de 24 alunos por vaga no ano passado, eu estudava uma média de quatro horas e meia todo dia. Muitos professores indicavam rever a disciplina dada naquele dia, mas para mim isso nunca funcionou. 

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Preferi montar um esquema e, em média, fazer a revisão de uma apostila a cada duas semanas, para tirar as dúvidas com os professores. E daí não valia dar mais atenção às disciplinas que eu tinha mais afinidade: era preciso, por exemplo, encarar Física e Matemática. Além disso, ao estudar tudo, você fica mais preparado para enfrentar as questões interdisciplinares, cada dia mais comuns nos vestibulares. 

Engraçado, meu desempenho foi melhor na Fuvest do que no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Não me senti muito preparada para o Enem. Achei a prova muito cansativa. As questões são menos conteudistas, e eu estava com muito conteúdo na cabeça. Meu esquema de estudo foi mesmo sob medida para a Fuvest. 

Hoje, na minha turma da USP, tem outros três alunos que se formaram no Colégio Bandeirantes comigo. Na época do vestibular, era legal falar com eles sobre a prova, mas também causava uma certa pressão. Quando um amigo dizia que estava estudando um conteúdo que eu ainda não dominava, ficava preocupada. É complicado para todo mundo, não é? 

Na faculdade, sigo meu método de estudo. Como é muita coisa para ler, a gente chega a se dividir e depois faz trocas de resumo. Se deu certo até agora, é só manter a receita.” / DEPOIMENTO A OCIMARA BALMANT, ESPECIAL PARA O ESTADO