Estudantes chilenos voltam às ruas e enfrentam polícia

Há cinco meses jovens promovem greves para exigir reforma da educação

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

  SANTIAGO - Milhares de estudantes e manifestantes saíram hoje às ruas de cidades chilenas na 36.ª marcha pela reforma do ensino público no país. A manifestação, promovida dois dias após o movimento estudantil concordar com o retomada do diálogo com o governo, terminou em confronto com a polícia em Santiago. As greves e protestos contra o sistema educacional se repetem há cinco meses.A manfestação na capital chilena reuniu cerca de 90 mil pessoas. O protesto foi pacífico até perto do encerramento, quando parte dos estudantes tentou seguir para o Parque O'Higgins. O local foi o ponto de dispersão das marchas anteriores, mas desta vez as autoridades proibiram o acesso ao parque. Policiais dispersaram os manifestantes com jatos de água e gas lacrimogêneo. Houve choques com jovens encapuzados, que atiraram pedras e bombas de tinta.

 

PUBLICIDADE

Para a líder estudantil Camila Vallejo, a polícia agiu de forma truculenta. "É o cúmulo que tenham nos reprimido dessa forma. A polícia deveria ter ajudado a guiar os estudantes que seguiram pelo caminho errado."

 

A marcha foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech), presidida por Camila. Ela disse que o objetivo da entidade é mostrar força às vésperas da votação da Lei do Orçamento.Ela acrescentou que espera que o Executivo não insista em colocar como condição para o diálogo a volta às aulas.De acordo com o jornal chileno La Tercera, nesta manhã, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, esteve reunido com reitores das universidades do país para tratar sobre o retorno às atividades escolares.A greve estudantil tem 89% de apoio da população, enquanto Piñera registra apenas 22% de aprovação, o menor nível de um chefe de governo desde a redemocratização do Chile.

* Notícia atualizada às 17h03

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.