Escolas de São Paulo têm maiores médias na prova objetiva do Enem

Enquanto média do Brasil é de 482,31 pontos, São Paulo aparece com média de 514,02; rede pública aparece com 499 e privada, 563,48

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Por Barbara Ferreira Santos , Luiz Fernando Toledo e Paulo Saldaña
Atualização:

Atualizada às 00h57

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SÃO PAULO - As escolas de São Paulo dominam as primeiras posições no Enem 2013. Entre as cem maiores médias na prova objetiva, 28 são de escolas paulistas. Enquanto a média do Brasil na parte objetiva é de 482,31 pontos, São Paulo – que tem as maiores redes pública e particular do País – aparece com 514,02. A rede pública obteve 499 pontos, mas a média da rede particular é ainda maior: 563,48.

Duas pequenas escolas privadas, com menos de 50 alunos, alcançaram as duas primeiras posições no Estado: o Objetivo Integrado e o Vértice.

Quando o recorte é feito por colégios com mais de 90 alunos participantes, o primeiro colocado da lista é a Escola Móbile, localizada em Moema, na zona sul da capital. Os 113 alunos do Móbile tiveram uma média de 702,18 na prova objetiva do Enem, deixando a instituição como a 14.ª melhor do País. Na redação, a nota média foi de 774,51, a 51.ª melhor do País.

Média das escolas paulistas na prova objetiva foi de 514,02 pontos Foto: Paulo Liebert/Estadão - 14/11/2012

Para o diretor pedagógico Wilton Ormundo, o diferencial do colégio é ser “multifacetado”. A partir do 1.º ano do ensino médio, os estudantes podem fazer disciplinas optativas, como teatro e robótica. Ormundo faz questão de destacar que não há treinamento específico para nenhum exame. “Nós nunca preparamos nossos alunos para o Enem. Isso vai contra os princípios da Móbile. O diferencial é que os estudantes têm uma formação acadêmica bastante sólida, que possibilita fazer esses exames externos – Fuvest, Unicamp e até o Enem.”

Gigante. Entre as 30 melhores do País na média geral, a instituição com maior número de alunos participantes é o Colégio Bandeirantes, na zona sul de São Paulo. Apenas dessa escola fizeram a prova 440 estudantes, mais que a soma das quatro primeiras do Brasil. O colégio, o 21.º colocado geral, obteve média na prova objetiva de 694,65. Ele é o segundo do Estado entre as escolas com mais de 90 estudantes – ficando atrás da Móbile.

Para o diretor-presidente do colégio, Mauro Salles Aguiar, o grande número de alunos é um desafio quando se fala em manter o alto desempenho no Enem. “Com turmas pequenas você consegue concentrar e identificar eventuais falhas”, diz. “Mas nós não fazemos uma ‘escola de elite’ dentro da mesma escola, como outras instituições fazem. Nós agregamos valor a todos os nossos alunos.”

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Aguiar afirma ainda que, como o Enem não é usado na Fuvest e em outras instituições públicas do Estado, alunos de “primeira linha” não se interessam pela prova. “Tenho 500 alunos, mas só 440 fazem (o Enem).”

Níveis. Com o novo modelo de divulgação dos dados do Enem por escola, iniciado neste ano, é possível entender o impacto socioeconômico do Estado nos indicadores. Enquanto no Brasil há cerca de 6% de escolas nos níveis socioeconômicos muito baixo e baixo, São Paulo não tem nenhuma na esfera mais baixa e possui apenas três – o que não representa nem 1% – no baixo. A grande maioria das escolas paulistas está concentrada nos níveis médio e alto.

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