
Felipe Mortara, O Estado de S. Paulo
12 Setembro 2011 | 04h00
A promotora de Justiça Adriana Cerqueira de Souza, de 40 anos, foi aluna do Colégio Marista Arquidiocesano, na Vila Mariana, do jardim de infância até o fim do ensino médio. Seu marido, o advogado Marcelo Pina, de 39 anos, também passou parte de sua infância em uma escola católica. Isso explica, em parte, por que optaram por matricular seus filhos Henrique, de 7 anos, e Marina, de 3, na tradicional escola da zona sul de São Paulo.
O perfil do colégio - que tem aulas de ensino religioso uma vez por semana - atrai Adriana, que vê nele uma forma pertinente de transmissão de valores. “Acho que o ensino religioso valoriza a pessoa pelo o que ela é, mesmo que não seja bem-sucedida econômica e financeiramente. Ela se sente acolhida de outra forma”, acredita.
Adriana diz que a filha estava em uma escola com ênfase voltada para o empreendedorismo. “Eles ensinavam a vender adesivos, bolinhos para fazer dinheiro para comprar um periquito para a escola. Mas me questionei se o princípio da escola era formar empreendedores ou formar uma cidadã com ética.”
Além de seus três irmãos também terem estudado no Arqui, Adriana acredita que a base religiosa da instituição ajudou a criar vínculos afetivos com o colégio. “Todos temos carinho muito grande pela escola, as famílias se conhecem. A gente cresce, coloca os filhos ali e vira uma grande família”, diz Adriana, que frequenta eventualmente missas e ajuda projetos maristas.
Apesar de o Arqui ser uma escola católica, Henrique tem um aprendizado religioso ecumênico, o que entusiasma a mãe. “Meu filho chegou em casa falando de judaísmo, da religião muçulmana, de rituais de diversas religiões. Percebi que com isso ele trazia muitos valores humanos.”
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