Representantes dos professores estaduais de São Paulo ainda não pediram, desde que a categoria entrou em greve, no dia 8, uma audiência com a Secretaria Estadual de Educação para negociar as reivindicações. De acordo com informações apuradas junto à pasta, o último encontro entre representantes dos professores e a secretaria foi no dia 26 de janeiro - data na qual sequer o assunto da paralisação teria sido tratado.
A categoria já realizou duas manifestações - chegou a fechar a avenida Paulista na última sexta-feira (12). Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira, dia 19, também no vão livre do Masp.
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O sindicato reclama que o governo se recusa a negociar. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirmou que pedido para um encontro já está sendo articulado "Vamos, sim, pedir a audiência. Mas acredito que isso deveria vir da parte do governo". Ainda segundo ela, a secrtaria já teria tido conchecimento da pauta do reajuste salarial e da possibilidade de greve em reunião ocorrida em fevereiro.
A principal reivindicação dos professores é o reajuste salarial de 34,3%. Apesar da informação de que nenhuma reunião tenha sido solicitada, o governo não está disposto a atender a reivindicação.
Sem reuniões entre as partes, o governo mantém a posição de que greve é política, com adesão de menos de 1% da categoria. A orientação é para que os pais continuem a levar os filhos para a aula.
A Apeoesp garante que cerca de 80% dos professores da rede estejam parados em todo o Estado.