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Medicinas da USP e PUC pedem investigação sobre racismo em competição esportiva

Aluno denunciou humilhações durante a Intermed, que reuniu alunos de 11 escolas de medicina do Estado de SP entre 2 e 9 de setembro, em Barretos

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

SÃO PAULO - O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp), José Otavio Costa Auler Junior, repudiou o episódio de racismo relatado por um estudante da instituição na última semana, durante a competição esportiva Intermed, em Barretos, entre alunos da medicina. A instituição pediu uma investigação sobre o caso. A PUC-Campinas também informou que "irá apurar os fatos e tomar as providências cabíveis."

"A direção da Faculdade de Medicina da USP vem a público manifestar indignação pelo ato de racismo sofrido por um estudante do 4º ano desta instituição que participava como atleta da Intermed 2017, competição que reuniu alunos de 11 escolas de medicina do estado de São Paulo, entre os dias 02 e 09 de setembro, na cidade de Barretos, SP. Diante dos lamentáveis fatos ocorridos, a FMUSP apoia e se solidariza com o estudante e solicita às autoridades pronta investigação. Ao mesmo tempo, a instituição reforça a necessidade da promoção de respeito aos direitos humanos no ambiente acadêmico".

Estudante denunciou episódio de racismo na semana passada Foto: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS-26/11/2014

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Conforme mostrou o Estado, o aluno contou ter sofrido ataques em dois dias diferentes. A primeira foi na segunda-feira, 4, quando membros da torcida da PUC Sorocaba e PUC Campinas teriam dito "olha a sua cor, você é negro e com certeza passou por cotas". A segunda, na quarta - esta registrada em vídeo - mostra uma menina na torcida com um cacho de banana nas mãos, que, de acordo com a vítima, seria uma referência racista. "Começaram a imitar sons de macaco", disse ele. 

A reportagem ainda não conseguiu contato com as entidades estudantis das PUCs de Sorocaba e Campinas, mas aguarda a manifestação destas para atualização da reportagem. 

Leia a reportagem completa sobre o caso aqui.

Leia a nota da PUC-Campinas, que também disse que abrirá investigação sobre o caso:

A PUC-Campinas informa que é contra qualquer ato de racismo ou preconceito. A Missão da Pontifícia Universidade Católica de Campinas é de, a partir de valores ético-cristãos, considerando as características socioculturais da realidade, produzir, enriquecer e disseminar o conhecimento, contribuindo com a construção de uma sociedade justa e solidária, por meio de suas atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, visando à capacitação profissional de excelência e à formação integral da pessoa humana. Informamos ainda que, a Atlética da Faculdade de Medicina está suspensa de suas atividades desde 2015.

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A Universidade reitera que diante do ocorrido irá apurar os fatos e tomar as providências cabíveis.

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