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Decisão sobre carreira não é necessariamente definitiva, diz psicóloga

Maria Stella Sampaio Leite, da ONG Colmeia, tranquiliza os vestibulandos que não conseguiram definir qual curso fazer

Por Fabio Mazzitelli
Atualização:

SÃO PAULO - Na hora de escolher uma carreira, é bem comum entre os adolescentes ter dúvida. Mas algumas reflexões podem ajudar a amenizar a angústia durante esse processo, de acordo com Maria Stella Sampaio Leite, psicóloga que trabalha com orientação profissional há 26 anos na ONG Colmeia, uma das instituições pioneiras a abordar o tema com os jovens. “A primeira coisa que o adolescente precisa avaliar é o curso que ele vai encontrar, ter uma visão do que vai estudar, ver o currículo.”

A psicóloga, que lançou recentemente o livro Orientação Profissional, indica que listar tarefas cotidianas prazerosas para o adolescente ou atividades que ele desempenhe bem pode dar pistas sobre seus interesses e habilidades. “A situação ideal é buscar conhecer mais a respeito de si mesmo, tentando encontrar temas nos quais gostaria de se aprofundar.”

A promessa do programa é melhorar a motivação dos alunos, relacionando matéria e interesses pessoais, desenvolver as competências sociomocionais e ampliar a eficiência das aulas. Conheça mais: http://dreamshaper.com/ Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Algo que pode ajudar a tranquilizar os estudantes durante o processo de escolha da profissão é pensar que a primeira decisão não é necessariamente definitiva para moldar o futuro dele - nem determinante do sucesso que alcançará.

“As pessoas têm um leque de alternativas em geral. Fazem uma escolha sem abandonar outros gostos. O jovem precisa se sentir bem naquilo que vai estudar”, explica a psicóloga. “Depois, com o diploma na mão, pode trabalhar com uma fábula de coisas e eventualmente retomar gostos e interesses que sempre estiveram presentes na sua vida.”

Mas, na dúvida, há quem decida tentar o vestibular para mais de uma carreira. “Uma aluna, certa vez, fez três opções diferentes. Turismo, Comunicação e uma terceira em outra área”, lembra Luciana Sevorini, orientadora educacional do 3.º ano do ensino médio do Colégio Equipe. “Ela gostava das três e fez isso para não ter de escolher. Mas ela entrou em todas e, no fim, teve que fazer a escolha do mesmo jeito."

ServiçoOrientação Profissional Autora: Maria Stella S. Leite Editora: Casa do Psicólogo / Pearson Preço sugerido: R$ 53

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