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Cursinho vai corrigir prova cancelada com TRI

Maioria dos cursinhos não retomará temas específicos do Enem

Por Paulo Saldaña
Atualização:

Alunos que fizerem a prova anulada do Enem poderão saber seu desempenho segundo o modelo de correção que será utlizado pelo Inep, órgão responsável pelo exame. O grupo de ensino COC irá corrigir a prova com um software similar ao utilizado pelo Inep, baseado na Teoria da Resposta ao Item (TRI).  A correção vai calcular a provável pontuação alcançada pelo candidato, que ainda poderá comparar a sua classificação em porcentagem em relação a outros candidatos. Basta que o vestibulando entre no portal http://www.boletimenem.com.br/ (disponível a partir de domingo) e anote suas respostas. O programa promete gerar o desempenho do aluno até quarta-feira. O sistema precisa reunir uma quantidade suficiente de provas para a geração de linhas estatíticas que indiquem o grau de dificuldade das questões. "A ferramenta seria disponibilizada para os alunos adiantarem seu resultado depois da prova neste fim de semana. Mas, com o cancelamento, podemos fazer de modo simulado", afirmou um dos coordenadores o COC, Arnaldo William Pinto. Responder a prova que vazou tem sido uma dos sugestões para os alunos continuarem focados no Enem, que só será realizado daqui a cerca de 45 dias. Escolas e cursinhos se desdobraram este ano para preparar seus alunos de forma adequada para as mudanças do Enem, mas a maioria não deve retomar conteúdos específicos da prova. Assim que as novas datas das prova forem divulgadas, o COC marcará mais uma semana para revisão. O Anglo não fará mais programação especial para o exame. "Na nossa grade, o Enem já é passado. Precisamos focar agora na Fuvest", afirma o coordenador Luis Ricardo Arruda de Andrade. Como preparação do Enem, o Anglo ofereceu no segundo semestre um curso extra de interpretação de texto. A aluna do Anglo Mayara Caroline Feitosa, de 18 anos, abriu mão de um simulado para a Fuvest no último domingo para focar no Enem. E não foi a única. A uma semana da data oficial do Enem, o simulado teve uma taxa de ausência de 40% dos alunos, a maior já registrada, segundo o cursinho. "Faltei para descansar, mas não valeu a pena", disse a aluna, que presta para medicina. O cursinho Etapa informou que, a princípio, não mudará a programação de aulas. Os alunos já tiveram um curso de uma semana com o perfil da prova. "O momento é ter calma, revisar as provas anterirores e usar a prova que não foi utilizada", diz Alessandra Venturi, coordenadora do cursinho da Poli, onde também não haverá nova programação. Para a Venturi, é bom o aluno "aproveitar que tem mais tempo para estudar."  Com o cancelamento do Enem, o receio dos alunos é com a coincidência com outros vestibulares. "Vai ser muito cansativo, mas estou me preparadando", diz a candidata a audiovisual Mariana Ohno, de 18 anos. A expectativa é que o Enem seja marcado em novembro, mês em que ocorrem as provas da Fuvest, Unicamp e Unesp.

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