Conselho da USP aprova mudança de Engenharia de Petróleo para Santos

Também foi decidida a criação de três cursos de Engenharia em Lorena; propostas seguem para avaliação do Conselho Universitário

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Por Carlos Lordelo
Atualização:

O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo aprovou nesta terça-feira a criação de três bacharelados na Escola de Engenharia de Lorena, no interior do Estado, e a transferência do curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica para Santos, no litoral.

 

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As medidas dependem do aval do Conselho Universitário, instância máxima da USP, que se reúne para discutir o assunto no dia 28. Se as sugestões forem acolhidas, o próximo vestibular da Fuvest já oferecerá os novos cursos.

 

O câmpus de Lorena pleiteia a instalação das Engenharias Ambiental, Física e de Produção, cada uma com 40 vagas. Segundo a direção da unidade, a proposta é um “desdobramento natural” de áreas em que a escola tem grupos de pesquisa atuantes há cerca de 10 anos.

 

“A criação dos bacharelados visa a combater um dos principais gargalos ao crescimento do País, a carência de engenheiros bem formados”, diz o professor Arnaldo Ramalho Prata, presidente da Comissão de Graduação da escola. “Estamos realizando reformas para melhorar a infraestrutura dos cursos atuais e abrigar os novos ingressantes.”

 

Em Santos, a USP deve se instalar no bairro Vila Matias, na região central da cidade. O curso de Engenharia de Petróleo hoje funciona na Cidade Universitária, na zona oeste da capital. Com a mudança de endereço, o bacharelado passará a ser oferecido de forma independente na Fuvest, inicialmente, com dez vagas. A Poli planeja ampliar o número de cadeiras do curso para 50 a partir de 2013.

 

Também está em discussão na escola o aumento de 10 para 30 na quantidade de vagas do curso de Engenharia de Minas, que continuará na capital. Atualmente, o estudante presta vestibular para Engenharia na Poli e só escolhe a especialidade em Petróleo ou Minas após um ano.

 

O diretor da Poli, professor José Roberto Cardoso, diz que a unidade só espera a definição do Conselho Universitário para iniciar a adequação do prédio em Santos. “Estamos animados com a perspectiva da mudança.”

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No mês passado, o Estadão.edu revelou o empenho do governo estadual em levar a USP para a Baixada Santista. A intenção é atender à demanda por profissionais especializados em petróleo e gás. A prefeitura de Santos também reivindica cursos nas áreas de logística e oceanografia.

 

À época, o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) disse que a instalação da universidade em Santos é “essencial” para o desenvolvimento da Baixada. “Confere à região a excelência técnica necessária para se manter nesse mercado emergente da exploração do petróleo na camada pré-sal.”

 

Fuvest terá 200 novas vagas em 2012

 

Caso seja aprovada a criação dos novos cursos de Engenharia no câmpus de Lorena, o próximo vestibular da Fuvest terá um acréscimo de 200 vagas. Em dezembro, a USP já havia decidido pela instalação de dois novos bacharelados na capital, ambos com 40 cadeiras para ingressantes. Com aulas em período integral e duração de 4 anos, Ciências Biomédicas será baseado na Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste. Já o curso de Saúde Pública terá aulas à tarde, durante 4 anos, na Faculdade de Saúde Pública, em Pinheiros, também na zona oeste.

 

Atualizada às 21h25

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