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Com que look eu vou?

O primeiro desafio de um estagiário é saber a roupa que mais combina com a empresa

Por Carolina Stanisci
Atualização:

Primeiro dia de estágio é sinônimo de frio na barriga. São muitas variáveis para dar conta na empresa: como se comportar em um ambiente mais formal, se dirigir às pessoas de modo correto, mostrar serviço. Mas é em casa que o estagiário enfrenta o primeiro desafio: a escolha da roupa adequada.

 

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Embora não seja considerado item fundamental por quem procura estágio, usar a roupa certa conta pontos nos ambientes corporativos. “O ‘dress code’ tem que ser compatível com a empresa”, afirma Simon Franco, consultor de recursos humanos.

 

“Você pode ser perdoado por um erro no primeiro dia, mas a partir do segundo alguém vai te chamar a atenção.” Segundo ele, escritórios de advocacia, multinacionais e bancos são os que fazem marcação mais cerrada em relação à aparência do funcionário.

Vivian Jaqueline Pereira, de 23 anos, aluna do 3º ano de Direito da USP  (foto ao lado), adotou uma estratégia cautelosa este mês, quando começou a estagiar no Pinheiro Neto, um dos escritórios de advocacia mais tradicionais do País. “Pensei assim: vou com uma roupa neutra e, aos poucos, vejo como os outros estão se vestindo.”

 

Vivian fez a aposta certa: roupas discretas contam pontos no seu escritório. “Quando uso vestido, vou com um longo, bege. Não iria de vestido florido – não é adequado. No máximo, uso um lenço com uma cor mais forte, mas sem estampa. A roupa não pode comprometer o lugar de trabalho.”

 

Para Franco, a estudante está correta. “Escritórios de direito exigem mais seriedade nas roupas.” Como o limite do que pode e não pode é tênue, a dica do consultor é, uma vez contratado, falar com o RH da empresa. “Assim como dizem o horário em que você vai trabalhar e a sala, podem falar sobre o que deve vestir.”

 

Estudante do 3º ano de Marketing do Mackenzie, Aline Hayashida, de 20, procurou se informar sobre o ambiente de trabalho na multinacional de produtos de limpeza Reckitt Benckiser, onde faz estágio desde junho. Ficou aliviada quando o RH lhe disse que a empresa não é muito formal. “Para mim, seria pesado demais trabalhar num lugar em que a mulher só troca a cor do mesmo modelo de terninho.”

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O bom senso prevalece, dizem as meninas, que evitam decotes ousados, maquiagem pesada e acessórios volumosos.

 

Mas não são só elas que se preocupam com a adaptação. “Eu usava muito camiseta e tênis”, diz Gerson Lopes de Souza Junior, de 21, do 3º ano de Publicidade do Mackenzie. Ele aprendeu a se vestir mais formalmente no estágio como vendedor de anúncios de uma revista de bairro, há dois anos.

 

Hoje, contratado pelo Bradesco, tem de fazer a barba todo dia e manter os cabelos bem curtos. “É difícil, mas já me acostumei.”

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