Caso de trote violento tem arquivamento pedido em Barretos

Veteranos da Unifeb teriam jogado creolina em sete calouros, o que provocou queimaduras de 1º grau

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Por Brás Henrique e da Agência Estado
Atualização:

O promotor criminal de Barretos, na região de Ribeirão Preto (SP), José Ademir Campos Borges, pediu nesta quinta-feira, 11, o arquivamento do termo circunstanciado referente ao trote violento (com uso de creolina) de dois rapazes contra sete calouros do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb). Veja também: Calouro de Medicina é agredido em trote Unesp apura denúncia de sexo explícito em festa de calourosO trote é importante para recepcionar os calouros? O trote ocorreu na noite de 22 de fevereiro, em frente à instituição, e os dois calouros, que tinham representado contra os autores, fizeram uma retratação na Polícia Civil, não manifestando interesse em seguir adiante com o caso. Os ferimentos foram de natureza leve, segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML). "Assim, a promotoria não tem legitimidade para oferecer denúncia contra os autores", explicou Borges. O pedido de arquivamento chegou hoje ao Juizado Especial Criminal, mas só deverá ser analisado pelo juiz Luiz Antonio Dela Marta na próxima semana. Borges disse que as vítimas que se retrataram podem até se arrepender e desistir da retratação dentro do período de seis meses a partir da data da identificação da autoria. Ou seja, a partir da data do próprio trote, quando os dois identificaram os autores. Dionatan Kavamoto dos Santos (que não está estudando atualmente), de 19 anos, e Felipe Ferreira Troques Dib (estudante de Direito), de 24, negaram a autoria em depoimento, mas foram identificados pelos calouros Ronier Jorge Ferreira da Silva, de 30, e Patrick Adriano de Souza, de 23. Outras cinco vítimas não quiseram levar o caso adiante desde o início. Todas as pessoas envolvidas - autores e vítimas - são de Jaborandi, cidade vizinha, que tem cerca de 6,7 mil habitantes. Apesar do trote ter sido fora do campus da Unifeb, o Conselho Universitário da instituição analisará o caso e os responsáveis poderão ser advertidos ou até expulsos, segundo o reitor Álvaro Fernandez Gomes.

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