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Câmpus da Unifesp na zona leste abrigará o 'Instituto da Cidade'

Unidade da universidade federal vai abrir cerca de 5 mil vagas para 8 cursos ligados aos desafios da metrópole

Por Barbara Ferreira Santos e Guilherme Soares Dias
Atualização:

SÃO PAULO - O câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na zona leste da capital paulista vai sediar o "Instituto da Cidade" e abrir cerca de 5 mil vagas para 8 novos cursos da instituição, ligados aos desafios da capital, como o trânsito. A unidade ficará em um terreno da antiga metalúrgica Gazarra, na Avenida Jacu Pêssego, número 2630. Nela serão criados os cursos de Engenharia Civil, Engenharia de Mobilidade e Transportes, Engenharia Ambiental e Sanitária, Arquitetura e Urbanismo, Design, Geografia, Administração Pública e Turismo. 

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Como o terreno possui trechos com contaminação, a universidade aguardava a liberação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para o início das obras. O órgão já liberou metade do terreno para contratação de projetos e obras de um dos prédios, que abrigará cinco dos cursos previstos. 

Nesta terça-feira, 19, o Ministério da Educação (MEC) informou a liberação de R$ 3 milhões para a contratação do projeto executivo para o câmpus. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa na Prefeitura de São Paulo, com presença do ministro da Educação, Henrique Paim, da reitora da Unifesp, Soraya Smaili, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). 

"Existia a contaminação superficial em porções pequenas do terreno. Agora os recursos foram liberados e as licenças também. Em poucos dias teremos empresas fazendo o projeto-executivo", afirmou a reitora da Unifesp. Questionada se a unidade da zona leste da Unifesp pode ter os mesmos problemas da USP Leste, a reitora descartou essa possibilidade. "Não abrimos o ano passado para fazermos isso de forma responsável. Não quisemos fazer o mesmo que fizeram com a USP Leste. Aquilo foi irresponsável", afirmou Soraya. 

Além disso, ela ressaltou que o câmpus da zona leste não terá diferenças em relação aos outros câmpus. "Temos tratamento igual, com distribuição de recursos equânime." 

A previsão da universidade é que as 5 mil vagas sejam abertas a partir do segundo semestre de 2015 ou no primeiro semestre de 2016. Os custos para a construção desse novo câmpus serão de R$ 75 milhões. 

Anel Universitário. A construção do câmpus da zona leste da capital faz parte do projeto chamado de "Anel Universitário", que engloba as cidades de São Paulo, Guarulhos, Diadema, Embu das Artes e Osasco. "Queremos universidades multicâmpus. A expansão tem uma preocupação com qualidade. Essa é uma realidade que já vem ocorrendo com o resto do País", afirmou o ministro Henrique Paim durante a coletiva de imprensa. 

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Já o prefeito Fernando Haddad lembrou que o projeto Anel Universitário surgiu no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, quando foi constatado que o Estado de São Paulo era o que tinha a menor proporção entre o número de vagas em universidades públicas e população. Por meio do projeto, já foram implantadas a Universidade Federal do ABC (UFABC) e o câmpus da Unifesp em outras cidades. "Agora estamos fechando universidades ao longo do Rodoanel, por isso chamamos de Anel Universitário.", afirmou Haddad.

Hoje a Unifesp possui seis câmpus e deve chegar a oito com a expansão, que prevê ainda um câmpus em Embu das Artes, para 1.300 alunos com cursos na área de Artes, como Música, Dança, Teatro e Cinema. Com o projeto de ampliação, a previsão é que a Unifesp passe de 26 mil alunos hoje para 40 mil em 5 anos.

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