Aulas na USP Leste devem atrasar pelo menos três semanas

Câmpus está interditado há mais de um mês por determinação judicial; terreno está contaminado com gás metano

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Por Victor Vieira
Atualização:

Atualizado em 12 de fevereiro.

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Sem lugar para as aulas, o início do ano letivo no câmpus Leste da Universidade de São Paulo (USP) deve atrasar pelo menos três semanas. Em reunião na tarde desta segunda-feira, 10, a diretoria e os coordenadores dos cursos da unidade decidiram que o retorno das classes precisa ser adiado até, no mínimo, o dia 10 de março. A USP começa suas atividades acadêmicas na próxima segunda-feira.

O câmpus Leste está interditado há mais de um mês, em respeito à determinação da Justiça em ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), por causa da contaminação por gás metano no terreno. A procuradoria jurídica da USP trabalha para desinterditar o câmpus, mas ainda não há autorização.

Na semana passada, a Congregação da USP Leste, órgão máximo da unidade, já havia decidido que só retomaria as atividades acadêmicas caso fossem resolvidos os problemas ambientais. Se for mantida a interdição, a reitoria estuda levar as aulas para faculdades de tecnologia (Fatecs) da zona leste.

A data de 10 de março não é definitiva e depende das próximas determinações judiciais. O entendimento é que dificilmente haveria tempo de preparar o câmpus para o ano letivo, mesmo que ele seja reaberto nesta semana. A matrícula dos calouros da unidade será amanhã e depois de amanhã na Faculdade de Saúde Pública da USP.

Impasse. A última análise da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), de janeiro, apontou que o terreno contaminado não apresentava riscos à saúde. O MPE e a Justiça, porém, não concordaram em liberar o câmpus.

Já a análise da Servmar, empresa contratada pela USP para avaliar o terreno, detectou óleos minerais e outras substâncias tóxicas na terra de origem clandestina depositada no câmpus em 2011.

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