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Atualidades na Fuvest: Censo 2010

Brasileiro vive mais, tem menos filhos e fica mais no próprio Estado

Por Rose Saconi , Lizbeth Batista , de O Estado de S. Paulo e e Cedê Silva
Atualização:

Sob impacto de forte migração para o interior, a população nas Regiões Norte e Centro- Oeste do Brasil aumentou nos últimos dez anos bem acima da média nacional. A marcha para os Estados menos urbanizados do País, além de acentuar a reversão de uma tendência histórica de deslocamentos populacionais massivos em direção ao litoral, assinala o aumento da pressão ambiental sobre a Amazônia e o Cerrado. Os dados se destacam na Sinopse do Censo Demográfico 2010, divulgado no mês de abril pelo IBGE.

 

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O instituto investiu R$ 1,2 bilhão para realizar o Censo 2010 e chegar ao tamanho atual da população brasileira, de 190.755.799 habitantes. Há 3,9 milhões a mais de mulheres do que homens em todo o território nacional.

 

No País retratado em 2010 pela pesquisa, a maioria da população (60,7%) vivia em domicílios com renda familiar per capita de menos de um salário mínimo (no valor de R$ 510 na época) e 4,3% dos domicílios viviam sem rendimento nenhum.

 

Outros indicadores sociais identificados pelo estudo mostram que, na última década, o Brasil reduziu a sua proporção de analfabetos com 15 anos ou mais de 13,6% para 9,6%. A Região Nordeste é aquela com maior taxa de analfabetismo, com 19,1% em 2010. O Censo 2010 mostra ainda que no ano passado 132 mil domicílios no País eram sustentados pelo trabalho feito por crianças de 10 a 14 anos.

 

Envelhecimento

 

O rápido envelhecimento da população é um dos aspectos mais importantes do Censo 2010, segundo Fernando Albuquerque, pesquisador do IBGE. Os menores de 15 anos, que eram 35% do total em 1991, hoje representam 24%. O envelhecimento exige a adaptação de políticas públicas: pode implicar, por exemplo, gastar mais com saúde e previdência social e menos com escolas.

 

A diminuição do ritmo de crescimento da população, observada em todo o País, se deve à queda na taxa de fecundidade, explica Albuquerque. “Nos anos 1950, cada mulher tinha cerca de 6 filhos, hoje a taxa é de menos de 2 filhos.” Ele atribui ao aumento da escolaridade e a programas do governo federal uma outra tendência: a diminuição dos fluxos migratórios. Mais brasileiros estão morando nos Estados onde nasceram.

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O pesquisador destacou ainda os três locais mais “velhos” do Brasil: Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Paraíba. “Mas enquanto no primeiro a proporção de idosos é explicada pelo desenvolvimento, muitos jovens deixam os outros dois Estados em busca de melhores oportunidades de trabalho.”

 

Nem todos os dados do censo foram publicados, mas no site oficial (http://www.censo2010.ibge.gov.br) você confere muitos gráficos, mapas, textos e tabelas.

 

NA FUVEST - Mais idosos e classe C

 

Rica fonte para questões com gráficos e tabelas sobre migrações internas, o aumento do número de idosos e a da classe média

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