Após fraude, MEC busca gráficas de segurança máxima

Três têm experiência na impressão de papéis sigilosos, como provas e talões de cheque

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O Ministério da Educação (MEC) analisa três gráficas do País consideradas de segurança máxima para a impressão das 4 milhões de novas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): a RR Donnelley, com unidades industriais em cinco Estados, a Gráfica Bandeirantes, sediada em Guarulhos, na Grande São Paulo, e a Posigraf, empresa do grupo educacional Positivo, de Curitiba. As três têm experiência na impressão de papéis sigilosos, como provas de universidades, concursos públicos, talões de cheque, notas fiscais e cartões de crédito.

 

Veja também:

PUBLICIDADE

 

Em nota, a Plural alegou que cumpria com as medidas de segurança acertadas com o consórcio. Gravações feitas na gráfica e entregues à Polícia Federal (PF) registram o momento em que a prova foi furtada por funcionários. Felipe Pradella, um dos suspeitos, criticou em depoimento o "frágil" esquema de segurança. Segundo ele, pessoas envolvidas na impressão de outros documentos misturavam-se à equipe do Connasel e era possível entrar e sair do galpão com mochilas. Pradella disse ainda que não havia uma separação clara de tarefas: ele e os colegas se alternavam na conferência, embalagem, empacotamento e lacração das provas. Ele foi um dos que quiseram vender os papéis ao Estado, que recusou e denunciou ao MEC.De acordo com o ministério, as três são as mais seguras do País. São as únicas a ter uma sala com equipamentos enclausurados, ou seja, ficam em espaço separado, restrito, com acesso permitido apenas a poucos funcionários. Eles assinam termo de confidencialidade e são revistados na entrada e saída. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.