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Análise: Núcleo comum ajuda a melhorar qualidade do ensino

'Até hoje, não havíamos feito uma discussão colaborativa e tão detalhada sobre o que esperamos da escola'

Por Denis Mizne
Atualização:
'Sem a base, há grandes diferenças curriculares entre as redes' Foto: Reuters

A conquista mais importante, com a entrega da base curricular ao Conselho Nacional de Educação, é que conseguimos construir, de forma legítima e democrática, um referencial comum para todos os alunos do País. Até hoje, não havíamos feito uma discussão colaborativa e tão detalhada sobre o que esperamos da escola. Agora sabemos onde queremos chegar e quais as aprendizagens essenciais a que temos direito. 

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Isso traz vantagens. Promove igualdade e equidade educacional, dando a mesma oportunidade de aprender a todos os alunos, independentemente de onde moram. Sem a base, há grandes diferenças curriculares entre as redes, o que provoca desigualdades no aprendizado. Ter um núcleo comum também ajuda a melhorar a qualidade do aprendizado, uma vez que todos os elementos do sistema educacional - formação de professores, materiais didáticos e avaliações - poderão ser alinhados em torno de objetivos comuns. Até o envolvimento das famílias sai ganhando, pois elas poderão acompanhar melhor o que seus filhos devem aprender ano a ano. 

À primeira vista, a base entregue ao conselho tem qualidade e representa um salto frente aos documentos curriculares existentes. Chegamos até aqui pelo esforço coordenado de governos federal, estaduais e municipais, e pela participação de profissionais da educação e da sociedade civil. Esse engajamento será ainda mais importante na implementação em cada escola. Temos nas mãos a chance de levar a educação a um novo patamar. Não podemos perdê-la.

* É DIRETOR DA FUNDAÇÃO LEMANN

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