Atualizada às 19h50
SÃO PAULO - Após se irritar durante um protesto de professores no final de semana em um evento em Saltinho (SP), Alckmin voltou a afirmar nesta segunda-feira, 27, que não há greve dos docentes no Estado e acusou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) pela paralisação.
"Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta-feira, houve 96% da presença em sala de aula. A média de falta é de 3% e o que aumentou (de falta) foi de temporário. Na realidade a greve é da Apeoesp e da CUT", concluiu.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, afirmou que Alckmin deveria "respeitar e negociar" com o movimento. "Está havendo greve e vai continuar. Ele é autoritário. Não vamos jogar 50 dias de mobilização na lata do lixo", declarou a dirigente. A adesão nesta segunda-feira, de acordo com a entidade, era de 58% da categoria.
Divulgação. Nesta segunda, a Apeoesp obteve liminar na Justiça que garante aos docentes o direito de divulgar a greve nas escolas. A decisão temporária, da juíza Luiza Barros Rozas, da 11ª Vara de Fazenda Pública, acolhe parcialmente o pedido do sindicato, que alegou estar sendo impedido por representantes do Estado de entrar nas unidades para falar sobre o movimento. A greve dos docentes teve início em 16 de março.