Alckmin diz não poder elevar repasse a universidades

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não é possível ampliar a destinação de recursos para as três universidades paulistas porque teria de tirar recursos do ensino básico e fundamental. Segundo o governador, nos dois últimos anos o governo destinou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões além do orçamento para a abertura de novos cursos e campi. "São Paulo destina 30% para educação, 5% mais que determina lei federal. Desse total, quase 10% vai para as universidades, com 100 mil alunos, e 20% para o ensino fundamental e médio, com 6 milhões de alunos. Se expandirmos o orçamento das universidades, vamos prejudicar esses 6 milhões de estudantes", disse. Alckmin não se manifestou sobre a greve de professores e funcionários, que completa nove dias, alegando que as universidades são autônomas. Os grevistas da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) reivindicam aumento de recursos. Reivindicações Os grevistas marcaram para a tarde desta quinta-feira uma caminhada, a partir do Museu de Artes de São Paulo (Masp), até a Assembléia Legislativa, onde uma comissão será recebida em audiência e apresentará propostas de emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado. De acordo com a presidente da Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), professora titular do Departamento de Pediatria, Maria Aparecida Afonso Moysés, as reivindicações são aumento 9,57% para 11,6% do orçamento estadual para as três universidades, destinação fixa de 2,1% para o Centro Paula Souza e ampliação de 30% para 36% para o setor de educação no Estado. Adesões Na quarta-feira, os funcionários das áreas de saúde da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aderiram à greve iniciada no dia 25 de maio em algunas unidades da Unesp. A paralisação começou pelo Hospital das Clínicas (HC) e Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (Caism). Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) João Raimundo Mendonça de Souza, houve adesão de 20% entre os funcionário do HC e de 50% no Caism. A assessoria de imprensa da universidade divulgou nota afirmando que não houve alteração nos serviços da área de saúde.

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