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Ações para atender estudantes com deficiência esbarram na burocracia, diz UnB

Universidade tem programa voltado a esse público desde 1999

Por Agência Brasil
Atualização:

As dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no acesso ao ensino superior e também durante os cursos oferecidos são reconhecidas pela Universidade de Brasília (UnB). O coordenador do Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da universidade, José Roberto Vieira, aponta que há dificuldades provocadas principalmente pela burocracia pública. “Queremos buscar a igualdade de condições na universidade. Sabemos que há casos de obras feitas de forma errônea, mas procuramos fazer as adaptações. Infelizmente, esbarramos em burocracia pública, como todo prazo licitatório. Além disso, a UnB tem prédios tombados, o que retarda ainda mais o processo de obras. [A estrutura dos câmpus] está longe do ideal, mas a preocupação existe”, completou o coordenador. O programa funciona na UnB desde 1999 e foi criado para atender à comunidade acadêmica com deficiência física, auditiva, visual e mental, além de dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. A UnB realiza, desde esta quarta-feira, 26, um fórum para debater as políticas de acessibilidade da instituição. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), responsável pela elaboração e aplicação das provas do vestibular da universidade, informou, por meio da assessoria de imprensa, que utiliza uma série de ferramentas no atendimento de candidatos com deficiência, para “assegurar a esses participantes o direito à acessibilidade.” A assessoria acrescentou que trabalha na qualificação de colaboradores para atividades de ledores e transcritores nos processos seletivos e lembrou que os erros encontrados em questões de provas adaptadas, produzidas principalmente para candidatos cegos ou com visão parcial, podem ser objeto de interposição de recurso por meio de aplicativo disponível no site do centro pelo prazo estipulado em edital, que é acessível a todos os candidatos. Sobre os locais das provas, a instituição esclareceu que são escolhidos de acordo com os critérios de acessibilidade dos candidatos com deficiência.

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