Após o segundo dia de greve dos funcionários da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), movimento que barrou a entrada de pessoas no prédio, a instituição divulgou uma nota na sexta-feira sobre a mudança de alguns setores para prédios fora do câmpus - essa foi a medida que causou mais insatisfação entre os manifestantes.
Segundo o texto, a área dos barracões e antiga reitoria passam por reformas e, por isso, cerca de 300 servidores estão sendo realocados temporariamente em prédios localizados fora da Cidade Universitária. “Os barracões, por exemplo, foram construídos há mais de cinquenta anos e estavam depauperados. O prédio da Antiga Reitoria transformou-se em um ‘cortiço’, passando a abrigar órgãos da Universidade e depósitos, de maneira totalmente descoordenada”, informou a nota enviada pela universidade.
Ainda de acordo com a instituição, “essa revitalização já estava em andamento com o início da reforma do prédio da Antiga Reitoria e a derrubada dos barracões”. Isso justificaria, portanto, a “necessidade de alojar os ocupantes do prédio da Antiga Reitoria e dos barracões em outros locais. Tal alojamento está se dando tanto em locais dentro da própria Cidade Universitária quanto, por falta de espaço, fora dela.”
Segundo a USP, quem preferir continuar no câmpus pode “recorrer à permuta com colegas ou solicitar a transferência para setores que permanecerão”. Por enquanto, a universidade vai funcionar em três endereços externos. A nota ressalta que os imóveis têm boas condições e “o processo de aluguel e aquisição foi feito conforme os parâmetros da administração pública, que está à disposição dos órgãos competentes para qualquer análise”.