76% dos jovens adiariam faculdade por falta de dinheiro ou bolsa

Sete em cada dez alunos do ensino médio gostariam de ingressar no ensino superior, mostra pesquisa

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Por Redação
Atualização:
60% dos jovens no ensino médio já decidiram qual curso querem fazer Foto: Marcos Santos/USP Imagens

SÃO PAULO - Sete em cada dez estudantes gostariam de ingressar no ensino superior logo após concluir o ensino médio. No entanto, 76% deles afirmam que adiariam a entrada na faculdade por não ter condições de pagar (62%) ou não obter bolsa ou financiamento estudantil (14%).

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Os dados são de uma pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) que entrevistou 1,2 mil pessoas - entre pais e estudantes do ensino médio - em São Paulo, Rio, Salvador e Porto Alegre. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira, 25.

Já entre os pais, 78% gostariam que os filhos entrassem no ensino superior logo após terminarem o ensino médio, mas 62% dizem que eles podem adiar o ingresso por não conseguir a aprovação em uma instituição pública. Adiar o ensino superior por questões financeiras é a preocupação de 53% deles - 32% por não conseguir pagar o curso e 21% por não obter financiamento. 

Conseguir um bom emprego no futuro é apontado como a principal motivação para pais (67%) e filhos (66%). Eles também apontam que é uma exigência do mercado de trabalho - 39% para pais e 28% dos filhos. 

A pesquisa também mostrou que 60% dos jovens que estão no ensino médio já decidiram qual curso querem fazer. A preferência é pelas carreiras mais tradicionais. As cinco graduações mais citadas foram: Direito (7%), Engenharia (6%), Medicina (6%), Administração (5%) e Psicologia (3%).

Concluintes. A pesquisa também ouviu jovens que já concluíram o ensino médio e identificou que 62%, ao se formar, desejavam entrar em uma faculdade, mas 52% já desistiram do ensino superior. Não ter condições de pagar as mensalidades foi apontado por 70% deles como motivo para não dar continuidade aos estudos, 23% por não ter entrado em uma instituição pública e 21% por ter começado a trabalhar. 

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