Mas o maior problema está por vir. Questões primárias, como a qualidade do ensino público, estão dando lugar a temas sensacionalistas que envolvem calorosos debates envolvendo padres, pastores e afins. Ou seja, além de esquecer o princípio básico do laicismo do Estado, a população também é levada a refletir sobre assuntos que não passam de um segmento populista das propagandas eleitoreiras.
Ora, como podemos discutir assuntos complexos, como a legalização do aborto e da maconha, se nem sequer temos educação de qualidade? Como é possível discutir tais temas, se ainda temos analfabetos, crianças fora da escola, cidades sem biblioteca?
Do que mais se precisa? Que os problemas gerados pelo nosso péssimo sistema educacional tornam-se mais visíveis? E não estão? A violência não é uma delas?
Espero que as minhas perguntas não ecoem no departamento oficial do descaso.
Bianca estuda por conta própria para entrar em Letras