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Vestibular Unesp: o que diz o cursinho Objetivo

A pedido do Estadão.edu, professores do cursinho Objetivo analisaram a prova do vestibular de meio de ano da Unesp, aplicada neste domingo para 8.335 candidatos.

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Por Redação
Atualização:

O exame é composto por 90 questões de múltipla escolha, sendo 30 de Ciências Humanas (história, geografia e filosofia), 30 de Ciências da Natureza e Matemática (física, química, biologia e matemática) e 30 de Linguagens e Códigos (língua portuguesa, literatura, arte, educação física e língua inglesa).

Português e literatura

Segundo o professor Nelson Dutra, as provas da Unesp têm um perfil bem definido: "é uma prova textual, baseada em interpretação".

Ele diz que achou a prova "bem fácil", pois a maioria das 20 questões tinham respostas "praticamente transcritas do texto".

"Talvez as questões mais difíceis foram as de 11 a 15, porque estavam baseadas num texto do simbolista Cruz e Souza."

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Inglês

Os dois textos da prova, que tinha dez questões, tratavam do mesmo assunto - os extraterrestres. "Foi uma prova bem objetiva, com alternativas claras cujas respostas estavam no próprio texto", diz a professora Maria Cristina Armaganijan.

Toda baseada em interpretação de textos, não cobrou nada de gramática. "O aluno precisava ter conhecimento de vocabulário e saber ler em inglês", avalia a professora. "Mas não tinha nada de complicado. Foi uma prova de nível médio"

História

Para o professor Daily de Matos Oliveira, a prova não apresentou surpresas e abrangeu todo o conteúdo programático, dentro de suas possibilidades.

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"Não teve grandes novidades. Algumas questões eram de interpretação, outras extremamente diretas", afirma Oliveira. Ele destaca três temas que os alunos devem prestar atenção, pois serão recorrentes nos próximos vestibulares: a história do Haiti, de Cuba e da África do Sul. "Este último por causa da Copa do Mundo."

Geografia

Na avaliação da professora Vera Lúcia de Costa Antunes, a prova da Unesp tem elementos muito semelhantes com os do novo Enem. "A proposta da prova é visar a realidade que o aluno vive. Não adianta ele ter conhecimento teórico sem saber as questões da atualidade."

Nesse contexto, ela destaca o uso de textos para contextualizar o assunto, gráficos, tabelas, mapas e charge. "A prova é muito ilustrada, e o fato de ter sido impressa em cores ajuda o aluno a visualizar a questão. Assim, ele ganha tempo", opina.

Segundo ela, o aluno que está atento aos temas da atualidade e faz leitura frequente de jornais e revistas se destaca. Das 12 questões, 2 eram baseadas em textos publicados no Estado.

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"Para ser um grande profissional, o estudante não pode estar alienado do que acontece a sua volta", afirma Vera Lúcia.

Filosofia

De acordo com o professor José Maurício Mazzucco, foi a primeira vez que filosofia foi cobrada de forma "explícita" no vestibular da Unesp. "Já caíam alguns elementos nas provas de história e de português", lembra.

"Foi uma prova bem bonita", diz o professor, sobre as seis questões do exame. "Não foi 'conteudista'. O aluno que sabe ler, fazer conexões com o que está acontecendo no mundo, conseguiu fazer bem."

Biologia

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Para o professor Luiz Augusto de Barros, a prova de biologia, com oito questões, também estava apoiada em atualidades. Uma das questões, por exemplo, falava do vírus H1N1, que causa a gripe suína.

"Eles também falaram sobre evolução biológica usando o filme Avatar", aponta. "Estão cobrando conhecimentos de forma contextualizada com fatos atuais."

De acordo com ele, não há qualquer tipo de erro na prova ou alternativas que deixam o candidato com dúvidas. "A banca da Vunesp está de parabéns."

Química

Das seis questões, só era necessário fazer contas em uma, afirma o professor Alessandro Nery. "Talvez o aluno não estivesse preparado para isso, mas não quer dizer que tenha sido difícil."

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Segundo ele, os enunciados não eram tão compridos, mas continham bastante informação. "A prova teve nível de dificuldade médio", aponta. "Ao ter buscado a intertextualidade em algumas questões, pode ter complicado um pouco para o aluno." Ele cita como exemplo a questão 74, que cobrou conhecimentos de biologia.

Física

"Uma prova bem feita, com enunciados claros", destaca o professor José Carlos Garcia, sobre as seis questões de física. "São poucas questões e, por isso, você não consegue abordar toda a matéria. Mas, o que abordou, o fez de maneira competente."

Segundo ele, os textos "muito longos", usados para contextualizar as questões, podem ter complicado a vida de alguns candidatos. Para o professor, a questão 80, sobre magnetismo, foi a mais difícil.

Matemática

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Duas questões clássicas, com textos curtos, e seis contextualizadas, com textos longos. Essa oposição marcou a prova de matemática, na avaliação do professor Giuseppe Nobilioni.

"Apesar de terem sido apenas oito questões, a prova foi abrangente", diz ele. "Tinha muito pouca conta para fazer e, no caso das questões com enunciados mais longos, o perigo era o aluno desanimar na leitura ou ficar afobado e não perceber bem o que se perguntava."

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