O resultado também mexe positivamente com as escolas. "Elas discutem o assunto, fazem reuniões etc. No primeiro ano a questão do ranking causou 'briga' no País e hoje, quatro anos depois, ninguém tem dúvida que ajudou a formar um paradigma de educação."
Quanto às mudanças do Enem, o ministro diz o objetivo primordial é adequá-lo para que possa ser comparável ao longo do tempo. "As alterações são evoluções naturais dos instrumentos de avaliação do país. O Brasil hoje está na dianteira dos processos de avaliação".
Segundo o secretário Paulo Renato, às notas das escolas obtidas pelo Enem são questionáveis, pois não é possível ter a certeza que a mostra de cada escola é significativa, estatisticamente não há como compará-las.
Sobre as mudanças promovidas pelo Enem, o secretário diz ser crítico desde o início. "Acho louvável o objetivo de resolver a mobilidade dos candidatos, mas identifico alguns problemas." Segundo ele, para ser um processo seletivo, o Enem levará em conta mais o conteúdo e deixará de ser um exame geral de avaliação, sua função inicial.
O ministro Haddad falou que era um pedido das universidades que o MEC desse "um passo mais ousado" na mudança do exame. "Não critico a forma antiga do exame, mas havia o pedido para que ele abordasse mais conteúdo na prova, sem perder sua forma antiga", diz.
Ele completa que antes as universidades eram relutantes quanto a adoção do exame e que, com as mudanças, 45 instituições vão utilizar o Enem. No ano passado, apenas 14 adotavam o exame. O ministro aponta ainda que o novo Enem aumentará o acesso às universidades.