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Santa Maria e Fortaleza inauguram protestos contra o Enem

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Por Redação
Atualização:

* Por Cedê Silva, especial para o Estadão.edu, e Paulo Saldaña, enviado especial a Fortaleza

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Pelo menos 300 estudantes em Santa Maria, mais 300 estudantes em Fortaleza, inaguraram nesta sexta-feira o que prometem pela internet ser uma onda de protestos contra o Enem.

Nesta manhã, no interior do Rio Grande do Sul, a manifestação foi na Praça Saldanha Marinho, no Centro. Alguns estudantes falavam de cima de um carro de som. Outros usavam nariz de palhaço, e em frente ao espelho de uma loja havia até uma fila para os estudantes pintarem a cara. Algumas das palavras entoadas pelos estudantes foram: "Um, dois, três, quatro, cinco, mil! Queremos que o Enem vá para a..." e também: "Ei MEC, cadê o respeito? Não se trata estudante desse jeito".

Uma professora pediu a anulação das 14 questões idênticas às do material distribuído no Colégio Christus, em Fortaleza. Outros estudantes pediam o retorno do vestibular das federais ou a criação de Enems regionais, em substituição a uma prova para todo o Brasil.

Poucas horas depois e a 4.100 quilômetros dali, na capital do Ceará, outros 300 estudantes, de vários colégios, fizeram uma manifestação contra o Enem na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres. A maioria estava sem uniforme, mas outros trajavam roupas de diferentes escolas. Alguns portavam cartazes questionando a lisura da prova, com dizeres como "Vazou ou não vazou?", "Haddad, pede pra sair", e "Não foram só 639 que tiveram acesso às questões". A iniciativa do protesto foi de alunos do colégio Ari de Sá.

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"O motivo dessa manifestação é que o Enem tem tido problemas consecutivos nas três edições. O que a gente quer é que seja sério", disse o estudante Guilherme Almeida, do 3º ano do Ari de Sá. Ele diz ser contra o cancelamento do Enem apenas para os alunos do 3º ano do Christus. "Ou cancelam as questões repetidas, ou cancelam a prova para todo mundo".

Alguns dos manifestantes cearenses também usam nariz de palhaço. Outros pintaram o número 14 no rosto, em referência às questões do material do colégio idênticas às aplicadas no Enem neste fim de semana.

"Alunos na rua, Enem a culpa é sua", gritam os estudantes. Eles deram a volta em dois quarteirões e fecharam a rua enquanto andavam.Eles se descolaram para não atrapalhar as aulas de uma escola, e caminharamrumo ao prédio do Ministério Público Federal.

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