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'Não queremos privilégios', diz aluna de Geografia

* Por Carlos Lordelo

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A maior parte dos estudantes em frente ao91º Disitrito Policial, no Jaguaré, onde estão detidos dezenas de alunos da USP, se recusa a falar com a imprensa, mas uma manifestante que diz ser aluna de Geografia conversou com o Estadão.edu, sob condição de anonimato. Ela esteve ontem na assembleia e diz ter dormido duas noites no prédio ocupado da Reitoria.

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"A gente não quebrou nada lá dentro", diz ela. "Houve pichações, mas não foi um ato coordenado". A estudante sugeriu que a confusão de ontem entre alunos e jornalistas foi provocada por policias inflitrados.

"A PM no câmpus não garante a segurança, nem no câmpus nem fora dele", afirma. "E a USP não tem que estar longe da sociedade. Pelo nível de nossa produção acadêmica, temos condições de propor esse debate. Não queremos privilégios", diz. Esta noite, a aluna dormiu no apartamento de uma amiga no Crusp (Conjunto Residencial da USP), e foi acordada com os gritos de pessoas que alertavam para a presença da PM. O mesmo acontecimento foi relatado por uma aluna de Matemática, moradora do Crusp. A estudante de Geografia chegou a descer até o térreo para tentar ir à Reitoria, mas foi barrada por PMs que cercavam quase todos os acessos da moradia universitária.

Segundo a aluna de Geografia, "teve dia que até criança dormiu no prédio". Ela afirma quea comissão de segurança interna, uma das várias formadas pelos ocupantes, trabalhou pare asssegurar que nada fosse roubado, porque"a gente sabia que seria isso o que apareceria na imprensa depois".

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