'É inaceitável aluno não saber sobre Primavera Árabe', afirma professor do CPV

* Por Cecília Cussioli , especial para o Estadão.edu

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Para os professores do cursinho CPV, o segundo dia de provas da 2ª fase da Fuvest não apresentou surpresas e manteve o mesmo nível de dificuldade do ano passado. "O conteúdo cobrado foi superficial, mas foi adequado à esta etapa em que temos alunos de diversos cursos. Amanhã esperamos questões mais complexas", afirmou o professor de química Armando Muller.

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O professor disse que as questões de química eram de fácil resolução e apenas o item C da questão 8 poderia apresentar dúvidas de interpretação. Foi pedido que os candidatos apresentassem de forma visual o conteúdo de um frasco com duas soluções de diferentes concentrações. "Mesmo não constando no enunciado, os alunos deveriam considerar que as proporções dos líquidos são diferentes", explicou.

Uma das questões mais comentadas pelos alunos foi a de número 7, de história, que pedia que os alunos relacionassem áreas destacadas no mapa do Brasil à autores da literatura brasileira. Para o professor Daniel Gomes, alguns alunos poderiam apresentar dificuldade pois a depressão econômica da Zona do Cacau não é um conteúdo dado por todos os colégios. Jorge Amado e o Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa eram as respostas da questão.

Os professores de Geografia e Inglês consideraram que este ano a prova estava mais bem elabora. "Não queria que os alunos soubessem apenas o vocabulário e sim refletir em uma lingua estrangeira", comenta o professor de inglês Sérgio Klass. Já Alex Perrone elogiou a distribuição de assuntos entre geografia geral e do Brasil. "Foram temas atuais e muito comentados. Não é aceitável um aluno que não soubesse sobre Primavera Árabe e Sudão", afirma.

Na avalição geral, a prova de física era a única que apresentava uma dificuldade mais elevada que o ano passado. Das duas questões, uma era bem simples e rápida e a outra com um nível elavado para candidatos de outras áreas. "Exigiu que os candidatos soubessem ler gráficos, saber equações de eletrostática e interpretar corretamente os textos", avalia Takeshi Kamieda, professor de física.

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