Alunos de Araçatuba viajam 3 horas para prestar Fuvest

* Por Chico Siqueira, especial para o Estadão.edu

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Por Redação
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ARAÇATUBA - Marinheiro de primeira viagem, o treineiro Rafael Barone, de 15 anos, de Araçatuba, acordou às 6 horas para pegar o ônibus que o levaria para prestar o vestibular da Fuvest neste domingo, em São José do Rio Preto. "Já estou acostumado a acordar cedo", disse o estudante, por volta das 7h30, enquanto esperava um dos dois ônibus alugado pelo COC de Araçatuba para levar cerca de 70 alunos até Rio Preto, local de provas mais próximo da cidade.

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Despreocupado, Rafael não sabia de cabeça em qual escola faria as provas da carreira fictícia de Ciências Exatas.  "A gente não tem pressão. Mas estudei bastante, vou prestar para saber como é e em quais matérias precisarei me dedicar mais." Ele é aluno do 1.º ano do ensino médio do COC.

Ao contrário de Rafael, a estudante Emirena Ferraz, de 17, diz ter perdido as contas de quantos ônibus pegou para viajar nos dois últimos anos para prestar vestibulares como treineira. "Posso dizer que já sou uma veterana em viajar de ônibus para prestar vestibular", disse ela, que tenta vaga em Engenharia Civil na USP de São Carlos, o curso mais concorrido do vestibular. "O problema é que agora este vestibular é pra valer mesmo."

Mas a viagem de Rafael e Emirena não foi nada diante das 12 horas de voo que Maria Carolina Malta Medeiros enfrentou entre São José do Rio Preto e São Luís do Maranhão, distantes 2.555 quilômetros. A estudante de 17 anos chegou na quinta-feira a São José do Rio Preto para prestar vestibular para Medicina. "Escolhi o curso depois que me pai ficou doente e tive de cuidar dele", disse. Carolina tem um irmão que mora em Rio Preto.

"Acho que me preparei bem e até cheguei antes para que pudesse prestar essa prova com calma. Agora é a hora de comprovar isso", disse ela, antes de entrar no local de prova, na Unilago.

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