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Enem por escola terá indicador de permanência de aluno

Novo recorte mostra porcentual de alunos que cursaram todo ensino médio na escola; Taxas de aprovação, reprovação e abandono também foram incluídas em divulgação que já chegou às escolas

Por Paulo Saldaña
Atualização:

O Ministério da Educação (MEC) mudou mais uma vez o boletim com as médias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola - cujos boletins já chegaram às unidades desde ontem, dia 9. No ano passado, a classificação em faixas socioeconômicas foi a principal mudança. Agora, o boletim passa a incluir o porcentual de participantes que cursaram todo o ensino médio na mesma escola, além de taxas de aprovação, reprovação e abandono.

Essas informações devem fazer parte da divulgação geral do Enem por escola, prevista para o próximo dia 27. É mais um esforço do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em contextualizar os resultados do exame por escola.

 Foto: Estadão

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Segundo o presidente do Inep, Francisco Soares, a riqueza de informações qualifica a avaliação das escolas, que são muito diferentes umas das outras. "Nos interessa saber se aquele aluno, que ajudou a escola a ter uma boa média no Enem, é aluno dela há muito tempo. É um indicador importante", disse ele ao blog. "A gente tem de passar para a sociedade a ideia de que as escolas são muito heterogêneas, não existe simplesmente uma escola melhor."

O Inep tem ampliado as informações do Enem por escola como forma de evitar ranqueamentos simples a partir das médias. No ano passado, a partir dos níveis socioeconômicos de cada escola, reportagem do Estadão mostrou que escolas públicas e particulares que atendiam alunos de níveis socioeconômicos mais baixos tinham praticamente o mesmo resultado no Enem.

Os dados ainda permitiram comparar os melhores 30 alunos de cada escola, de forma a minimizar pequenas unidades criadas dentro da mesma escola. Com poucos alunos, as médias são jogadas para cima e as unidades aparecem nas primeiras posições dos rankings.

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Esses novos indicadores só não serão usadas na divulgação geral caso haja problemas com os dados calculados. As escolas têm dez dias para entrar com recurso em caso de imprecisões ou erro.

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