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Blog dos Colégios

Novas tecnologias: um desafio necessário

Por Carlos Querido*

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Por Equipe Nossa Senhora do Morumbi
Atualização:

As tecnologias da informação e as redes sociais estão cada vez mais arraigadas ao cotidiano. Por isso, deixar esses instrumentos de fora da educação é algo impensável. Crianças e adolescentes já estão integrados entre si e com os conteúdos a partir dessas ferramentas, e é importante permitir que elas sejam utilizadas a favor da prática pedagógica, tornando os conteúdos mais interessantes e os alunos mais preparados e antenados com o que lidarão no futuro. Mas ainda vejo muitas escolas e educadores se perguntando: como fazer isso?

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Primeiro, é preciso levar em conta que dispositivos móveis (como tablets e celulares) e outras ferramentas, como as redes sociais, já são largamente utilizados pelos alunos e devem contar com uma política de utilização para que não venham a ser objeto de distração e desvirtuamento do seu uso no ambiente escolar.

Materiais interativos, tais como vídeos, são uma das possibilidades que se abrem para trabalhar em sala de aula. Além disso, os dispositivos oferecem ferramentas como editores coletivos de texto, acesso mais amplo dos conteúdos por parte dos alunos e meios de disponibilizar materiais para serem compartilhados e trabalhados entre professores e estudantes - ferramentas que podem e devem ser exploradas.

Já as redes sociais, que muitas vezes são vistas como vilãs, oferecem um bom caminho na hora de colocar essas possibilidades em prática, e isso pode ser feito de duas formas. As instituições podem trabalhar numa rede social fechada, com uma finalidade exclusivamente educacional, ou podem dar um uso educacional a uma rede social com a qual os alunos já estão familiarizados, trazendo seus perfis para grupos específico.

O uso dessas tecnologias como meio didático é parte importante do projeto político-pedagógico aqui no colégio Nossa Senhora do Morumbi. Consideramos fundamental fazer um planejamento prévio e orientar os alunos a respeito da utilização dos equipamentos eletrônicos dentro e fora da sala de aula, criando regras bem claras para isso. Desta forma, os professores passam a saber como lidar com o fato dos alunos fazerem anotações e consultas em seus dispositivos, por exemplo.

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A utilização dessas novas tecnologias também exige medidas para orientar os alunos a respeito de possíveis problemas. Responsabilidade nas postagens, cuidados com a própria exposição, especialmente em redes abertas, e inclusão de temas como ciberbullying em discussões com os estudantes são fundamentais. Outro ponto é que a atual conjuntura não comporta mais que as tecnologias sejam isoladas de outros conteúdos nas escolas; elas devem permear o trabalho pedagógico. Os recursos, tais como tablets, lousas digitais, aplicativos e softwares, tudo isso deve permear esse trabalho, pois já não faz mais sentido utilizá-los de maneira isolada e descontextualizada, uma vez que os estudantes já são nativos digitais. 

A maior vantagem dessa inclusão seria a aproximação do ensino à realidade cotidiana do aluno e ao potencial inexplorado do uso das novas tecnologias, o que agregaria grande valor ao processo educacional.

Entre vantagens e desvantagens, as novas tecnologias estão cada vez mais enraizadas nas vivências de crianças e adolescentes. Além de serem uma realidade no cotidiano do mundo contemporâneo, muitos teóricos já defendem a ideia de que elas devem ser entendidas também como um processo de alfabetização, o que torna até irresponsável o isolamento do ambiente escolar dessas novas formas de interação e aprendizado. Permitir a integração dos dois mundos é um desafio, mas é possível, e, acima de tudo, necessário.

*Coordenador de Novas Tecnologias do Colégio Nossa Senhora do Morumbi

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Materiais interativos, tais como vídeos, são uma das possibilidades que se abrem para trabalhar em sala de aula. Foto: Estadão
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