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Como aproveitar o Pokémon Go nas escolas

Por Equipe Nossa Senhora do Morumbi
Atualização:
Uma forma de lidar com o aplicativo é aproveitar a animação e aderência dos alunos e reforçar as eventuais utilidades pedagógicas que ele pode trazer. Foto: Estadão

 

O jogo Pokémon Go, que virou febre no exterior, finalmente chegou ao Brasil e também já é um fenômeno de utilização por aqui.

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Ele utiliza GPS e realidade aumentada para que o jogador ande pelos locais capturando as criaturas. Este fenômeno já está nos smartphones dos jovens e, por isso, as escolas têm buscado a melhor forma de lidar com o aplicativo, já que ele pode se tornar um problema se usado em excesso ou a qualquer momento pelos estudantes.

Por ser envolvente, Pokémon Go é muitas vezes jogado durante o período das aulas e por isso alguns colégios estão preferindo proibir o uso do aplicativo no ambiente escolar. Porém, proibir o jogo pode não ser o melhor caminho.

Uma forma de lidar com Pokémon Go é aproveitar a animação e aderência dos alunos ao aplicativo e reforçar as eventuais utilidades pedagógicas que ele pode trazer.

Por estimular que os jogadores caminhem, Pokémon Go tem como uma de suas vantagens o incentivo à prática de atividade física. Neste caso, ele pode ser discutido, estimulado e até utilizado na aula de educação física. Esta é uma forma inusitada de incentivar os alunos a se mexerem, principalmente aqueles que não gostam muito de exercícios físicos.

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Outra possibilidade é organizar passeios em parques, museus ou até mesmo no entorno da escola.

Os estudantes, além de aproveitarem o espaço para jogar, irão explorar o lugar com entusiasmo. Certamente descobrirão vários pontos interessantes que nunca haviam percebido.

Em artes, por exemplo, poderá ser discutida a linguagem visual através dos grafites espalhados pela cidade, agora transformados em Pokéstops. Além disso, o professor de geografia também pode trabalhar coordenadas geográficas com o jogo, já que ele utiliza a ferramenta de geolocalização dos smartphones.

Pokémon Go também se mostrou capaz de ajudar pessoas a interagirem socialmente. Há diversos relatos na internet de mães com filhos autistas que perceberam a melhora na socialização deles com outras pessoas. Assim, o jogo também pode ser uma forma de integrar alunos especiais ao restante da classe.

Apesar de ter benefícios, Pokémon Go continua tendo seus pontos de atenção, como a distração e o uso em excesso.

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Os professores devem alertar os alunos do perigo de sair da área da instituição para capturar pokémons e que o uso em sala de aula prejudica o processo de aprendizado.

É importante assegurar que o jogo não vá interferir em outras atividades.

No caso de ele ser incluído em alguma atividade pedagógica, o professor deve lembrar de se apoiar no currículo e contextualizá-lo como recurso e/ou estratégia do trabalho.

 

Assim, os colégios conseguem lidar com Pokémon Go de forma equilibrada, contextualizada à realidade e linguagem dos alunos e aproveitando melhor todas as suas possibilidades.

 

O professor Carlos Querido é coordenador de novas tecnologias no colégio Nossa Senhora do Morumbi

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