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Opinião|Ross e Wharton essays 2015

 

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Atualização:
 Foto: Estadão

Ross e Wharton com novos essays

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Ross e Wharton divulgaram seus essays recentemente e continuam reforçando a tendência minimalista dos applications das principais escolas de MBA americanas.

ROSS

O processo de aplicação de Ross agora conta com dois essays em lugar de três, cada um com limite de 400 palavras. O total de 800 palavras deste ano não é uma redução muito grande em relação ao ano passado, quando eram 950.

Além dos essays, a escola terá apenas uma carta de recomendação.

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Num café da manhã no início do ano com Soojin Kwon Koh aqui em São Paulo, Soojin contou sobre o desafio de fazer um application atualizado, compatível com a nova geração de candidatos. Ela comentou que os essays longos e formais já não mais combinavam com os candidatos de hoje, que se comunicam através de mensagens curtas e dinâmicas. Ela também contou que a dinâmica de grupo que estava fazendo nos Estados Unidos com candidatos de primeiro e segundo rounds e que veio fazer aqui no Brasil com candidatos do segundo round eram uma forma mais dinâmica de ver o candidato em diversas dimensões: comunicação, trabalho em equipe, e capacidade analítica.

Os novos essays de Ross são:

o What are you most proud of professionally and why? What did you learn from that experience?

o What are you most proud of personally and why? How does it shape who you are today?

Com 400 palavras ou menos cada.

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Os essays têm um caráter reflexivo, pois não basta se ater a fatos e contar uma boa estória; cada um terá que refletir sobre o que aprendeu e ter uma auto avaliação sobre quem é. Mais importante que escolher a estória A ou B, é primeiramente pensar sobre qual efeito cada essay deverá ter; qual imagem quer que a comissão de admissões tenha a seu respeito. Se tiver clareza do efeito que quer gerar, fica muito mais fácil escolher as estórias certas ou mesmo quais ângulos da estória enfatizar.

Já a carta de recomendação, Ross foi além ao cortar de duas para uma carta. HBS e Stanford fizeram reduções no número de cartas também, mas haviam passado de três para duas cartas.

Kwon disse que a carta deve ser do supervisor atual ou anterior. A carta terá as mesmas duas perguntas que as de Harvard e Stanford:

o How do the candidate's performance, potential, or personal qualities compare to those of other well-qualified individuals in similar roles? Please provide specific examples. (300 words)

o Please describe the most important piece of constructive feedback you have given the applicants. Please detail the circumstances and the applicant's response. (250 words)

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O application online começa em 15 de julho. Round 1 é em 06 de outubroe a notificação de resultados em 19 de dezembro de 2014; Round 2 é 05 de janeiro, com notificação em 13 de março de 2015; Round 3: 23 de março e notificação em 15 de maio de 2015. Atenção, pois o Round 3 normalmente não é aberto para candidatos internacionais.

 

WHARTON

 

Wharton agora pede apenas um essay de 500 palavras, além de um opcional:

RequiredWhat do you hope to gain both personally and professionally from the Wharton MBA? (500 words)

OptionalPlease use the space below to highlight any additional information that you would like the Admissions Committee to know about your candidacy. (400 words)

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Além de também aderir à tendência minimalista, Wharton acrescenta uma dimensão mais pessoal na hora de se pensar sobre o quê se espera obter com o MBA. Essa mesma pergunta apareceu há uns 2 ou 3 anos atrás e pede que o candidato coloque o foco no que vai obter da escola. Para tanto é preciso entender bem o currículo e atividades extracurriculares e refletir como as aproveitará para seu crescimento pessoal e profissional. Muito embora o enunciado não traga de maneira explícita a pergunta sobre objetivos ou aspirações profissionais, descrever tais aspectos fica quase que implícito, uma vez que além de falar o que quer obter, implicitamente deve-se explicar para quê.

Com apenas 500 palavras que pretendem contar o que o candidato quer da escola, vender o peixe ficou mais difícil. O grande artifício aqui é trazer estórias e exemplos para dar mais credibilidade e substância ao posicionamento.

O essay opcional desse ano também mudou. Nos últimos 2 a 3 anos destinava-se apenas para explicar circunstâncias negativas: ter sido demitido; média ruim na faculdade; reprovação na faculdade e demais temas delicados. Agora um tema aberto, o essay opcional torna-se um curinga para apresentar argumentos que não puderam ser explorados no único essay obrigatório, além de também poder ser usado para abordar temas delicados.

Assim como Ross, Wharton também adotou a carta de recomendação de duas perguntas (a mesma de HBS e Stanford)

Opinião por Claudia Gonçalves
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