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A vontade de ser escritor despertada na infância

"A literatura abre janelas para o mundo". A expressão, verdadeira, é usada para indicar como o convívio com livros amplia a compreensão do mundo. Mas, apesar de toda escola ter como premissa a formação de cidadãos com cultura literária, é raro encontrar em uma unidade de ensino o incentivo à escrita de livros.

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Atualização:

Que fique claro que aqui não se trata do incentivo à cultura da escrita pura e simples, sem dúvida essencial, e básica em qualquer escola. O que se aborda é a forma de aflorar em crianças e adolescente uma possível vontade de ser escritor.

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Em março deste ano o Colégio Liceu Santa Cruz lançou para seus alunos o projeto "Criadores e Criaturas". Comandado pela escritora, educadora e pesquisadora Valquíria Prates, tem como objetivo estimular os estudantes a explorar as formas de narrar histórias, algo essencial para a interpretação e a exploração do mundo, despertando, assim, a vontade de se tornarem escritores-mirins.

 Foto: Divulgação

Sempre às segundas-feiras, das 15h30 às 17h, foi formado um "clube de escritores", com alunos do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano. Tornou-se fundamentalmente um ponto de encontro para escrever histórias e produzir livros.

Durante o processo, os participantes leem contos, assistem a trechos de filmes, conhecem quadrinhos, veem livros ilustrados e pesquisam heróis e heroínas das mitologias de diversas culturas.

"O resultado é animador. Escrever um conto, uma poesia e até um livro é algo que pode ser fomentado. E só traz benefícios. A evolução dos estudantes é notada a cada aula", afirma a diretora do Liceu Santa Cruz, Mirna Eloi Suzano.

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 Foto: Daniel Guimarães

No final do semestre, a escola realiza uma festa-sarau, na qual são apresentadas as publicações feitas pelos alunos, em uma feira de trocas organizada pelos participantes.

"A iniciativa desperta a vontade de ser escritor, mas também contribui para os estudantes que desejam apenas ler, ampliando possibilidades de livros. É uma relação na qual não há perda. É sempre ganha-ganha, de quem desenvolve a vontade de escrever e de quem passa a ter a literatura no cotidiano", finaliza a diretora Mirna.

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