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Blog dos Colégios

Um time para todos

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Por Fernanda Tambelini
Atualização:

Em muitas escolas, estar no time escalado pelo professor de Educação Física ou técnico para participar dos treinos e representar seu colégio em campeonatos é façanha para poucos. Na Escola Projeto Vida, entretanto, a lógica excludente das "peneiras" não é aplicada e, ainda assim, os grupos apresentam bons resultados nas competições intercolégios.

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No lugar da seleção de apenas alguns alunos para compor as equipes, aqui os treinos - de futsal, basquete, judô e tchoukball - são abertos a todos os interessados. Então, de acordo com os times formados, os professores os inscrevem em torneios adequados para o nível de cada um. "Invertemos a lógica da peneira, que consideramos excludente. Temos equipes prontas para disputas de nível A e outras para um nível um pouco menor. Uma cidade como São Paulo permite escolher campeonatos adequados para diferentes equipes", afirma Luiz Greco, coordenador de Educação Física na Escola Projeto Vida.

Com uma proposta pedagógica inclusiva e voltada para a formação multicultural, de sujeitos com olhar crítico e que tenham sua construção ética e moral baseada no respeito, a escola cuida para que seus princípios e missão permeiem todos os ambientes e atividades, incluindo o treinamento esportivo. "Seria incoerente ter um espaço que discursasse o contrário daquilo em que acreditamos", diz Greco. O professor explica que abrir os treinos para quem quiser participar tem efeito importante na autoestima das crianças e adolescentes, com a visão de que todos pertencem ao grupo e cada um contribui com sua capacidade e habilidade. Assim, a diversidade é valorizada e alunos com necessidades especiais de aprendizado, crianças com alto desempenho esportivo e outras apenas interessadas em determinada modalidade jogam lado a lado.

Entre os resultados mais expressivos, estão a recente conquista do Campeonato Brasileiro de Tchoukball, da Liga Escolar, Copa Diggio e Colegial São Paulo (futsal), a criação da Liga Nós de Basquete com outras escolas das zonas norte e oeste da cidade, participação expressiva em torneios externos de judô e a abertura do Festival Interno de Judô para outros 10 colégios. "O resultado é importante até certo ponto, o fim não pode justificar os meios. Saímos para competir com qualidade, mas o resultado é consequência de todo o trabalho", conclui Greco.

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