Opinião|Tecnologias educacionais: importantes avanços no dia a dia

O uso de recursos digitais na aprendizagem brasileira ainda é pequeno em comparação a muitos países, no entanto, tem crescido em muitos aspectos. Para o gerente de inovação e novos negócios da FTD Educação, Fernando Fonseca, os livros digitais e soluções interativas estão crescendo, mas ainda são menos utilizados que ferramentas tecnológicas, como os tablets e outras tecnologias. "Trabalhamos com um cenário de avanço do uso de tecnologias nas escolas, impulsionado ainda mais pela busca de alternativas metodológicas capazes de mobilizar as competências dos alunos no sentido de uma aprendizagem mais eficaz e motivada. As barreiras técnicas vão sendo pouco a pouco superadas com a disseminação do acesso à Internet e a diminuição dos custos de entrada", diz ele.

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Atualização:

Apesar de ainda ter um campo vasto para se desenvolver, o uso de tecnologias em sala de aula tem crescido bastante desde 2014. A FTD Educação, por exemplo, apresentou um crescimento de cerca de 74% na implementação de livros digitais nas escolas brasileiras (de 2014 a 2016). Somente entre 2015 e 2016, o crescimento foi de 37%. Em 2016, a organização fechou o ano com 71.428 livros digitais em escolas de todo o país.  Somente nos dois primeiros meses de 2017, outros 17 mil livros digitais da FTD Educação foram disponibilizados para escolas do país.

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Um dos exemplos bem-sucedidos desse avanço dentro de sala de aula com *ensino híbrido é o Colégio Marista Arquidiocesano. A instituição tem um projeto inovador e positivo de uso de tecnologia para o aprendizado no Ensino Fundamental II.  Implementado em 2015 para as turmas dos 7os anos, em 2016 com 8os em 2017 com os 9os anos, a iniciativa trouxe benefícios concretos para alunos e educadores. Tablets e livros didáticos digitais da FTD Educação foram disponibilizados para os componentes didáticos de Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática. "Trata-se de um jeito diferente de ler, com múltiplas possibilidades de linguagem, tais como vídeos, imagens, arquivos de som e texto e interatividade", afirma Lilian Gramorelli, coordenadora psicopedagógica do Ensino Fundamental II do Arquidiocesano.

Os resultados? Pesquisa realizada no Colégio Marista Arquidiocesano em 2015 com 272 alunos do 7° ano sobre o uso de livro digital mostra que, para 81% dos alunos, as aulas ficaram mais atraentes e motivadoras com o livro digital. 64% dos alunos já utilizam e preferem o livro digital na hora de estudar em casa.

Já para 61%, os recursos dos livros digitais ajudam na compreensão dos conteúdos e outros 51% dizem que aprendem melhor com o uso dos livros digitais.

"Nosso objetivo foi envolver toda a comunidade escolar e promover uma cultura de inclusão, oferecendo novos olhares para as aprendizagens. Os livros impressos permaneceram em sala de aula, não os substituímos, mas enriquecemos o conhecimento, de modo que o aluno acaba escolhendo, após um tempo de uso, qual dispositivo ele prefere para que alcance melhores resultados", relata Marisa Ester Rosseto, Diretora Educacional do Marista Arquidiocesano.

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Hoje, o projeto Livro digital atende 784 alunos do Ensino Fundamental II. Além deste, as diferentes plataformas digitais têm ajudado a gestão dos resultados e ainda ampliado o espaço da sala de aula como um depositório dinâmico e potente. "Com o avanço nos estudos e algumas experiências positivas, as metodologias ativas têm nos impulsionado para a utilização de aplicativos geniais tanto para a aprendizagem do aluno quanto para a rapidez na correção, na devolutiva para o aluno como na identificação de novas e necessárias ações", afirma a Diretora Educacional do Marista Arquidiocesano.

"Vemos que novos professores pouco a pouco entrarão no sistema com uma experiência de cultura digital mais ampla e consistente. Novos sistemas e plataformas voltadas para a educação têm surgido e evoluirão para soluções mais robustas e acessíveis", completa Fernando Fonseca, da FTD Educação.

*Ensino híbrido: envolve a utilização das tecnologias com foco na personalização das ações de ensino e de aprendizagem, apresentando aos educadores formas de integrar tecnologias digitais ao currículo escolar. Além disso, essa abordagem apresenta práticas que integram o ambiente online e presencial, buscando que os alunos aprendam mais e melhor. Fonte: Fundação Lemann

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Opinião por Paulo Adolfo
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